A chapa ‘Coxa Maior’ foi, nas palavras de Ernesto Pedroso, inscrita aos “47 do segundo tempo”. O projeto da oposição, porém, vem sendo alinhavado há meses. A ponto de o planejamento para o triênio 2015-2017 contar com um estudo elaborado por João Paulo Medina, um dos mais conceituados profissionais da bola e responsável pela criação da Universidade do Futebol. Sem ataques à atual gestão, a proposta é um debate amplo de propostas para o futuro do Coritiba, que será decidido pelos seus associados no dia 13 de dezembro.
“Respeito o avô, o pai, o cidadão Vilson Ribeiro de Andrade. Considero todos os que passaram pela cadeira de presidente do Coritiba abnegados. Por isso, nossa discussão será meramente no que diz respeito à administração do clube”, disse Rogério Portugal Bacellar, escolhido para ocupar o primeiro posto na chapa de oposição. Completam o G5 da ‘Coxa Maior’ os conselheiros André Macias (1º vice), Gilberto Griebeler (2º vice), Ernesto Pedroso (3º vice) e Ricardo Guerra (4º vice). A ideia é de uma gestão compartilhada, com as decisões tomadas sempre em colegiado e com a participação efetiva do Conselho Deliberativo.
“O presidente – e nós, membros do G5 – exerceremos um caráter institucional. Essa ideia de um presidente ‘gerentão’ é ultrapassada, dos anos 70. Vamos profissionalizar o Coritiba”, promete Ricardo Guerra, um dos nomes mais influentes na elaboração desta chapa. “O clube precisa de duas superintendências, uma administrativa e outra do futebol. Com profissionais contratados e remunerados”, explica.
Na visão da oposição, um dos setores que receberá especial atenção é o de formação de atletas. “É algo que precisa ser resgatado. Precisamos levar ao cenário nacional jogadores formados no próprio clube”, ponderou Guerra.
Uma das surpresas na chapa foi a inclusão de Ernesto Pedroso, que há algumas semanas havia se declarado ‘fora’ do processo eleitoral. “Na verdade, só me retraí, porque algumas ideias acabaram não avançando”, comentou Pedroso.