Não tá cheirando bem

Números dão previsão dramática pro Coxa no Brasileiro

O técnico Celso Roth credita às ‘heranças malditas’ o atual momento do Coritiba. Uma referência à forma como o clube foi gerido nos últimos anos, o que culminou com o fraco desempenho no Paranaense – eliminado nas semifinais – e no desempenho ridículo da equipe neste Brasileirão. Com apenas 21,21% de aproveitamento, o Verdão não venceu um jogo sequer no Couto Pereira e amarga seu pior início de competição. O risco de rebaixamento, mesmo restando mais 27 jogos a disputar, é real.

Ao menos para o sofrido torcedor coxa-branca, que nos últimos anos não conseguiu comemorar nada além do que os títulos estaduais. As boas campanhas na Copa do Brasil (2011-2012) já fazem parte de um passado que se mostra muito distante. Nos dois últimos anos, o que mais se viu no Alto da Glória foi o temor com as frágeis campanhas no Brasileiro. A história, dessa vez, é ainda mais complexa que a do ano passado, quando em igual período (11 rodadas completadas), o Verdão ocupava um confortável 3º lugar, com 20 pontos conquistados.

No final, o 13º lugar – com 48 pontos – foi um prêmio de consolação após um segundo turno terrível. No ano anterior, o resultado final foi o mesmo (13º, com 48 pontos), mas a trajetória foi diferente. Após um início ruim, ocupando o 16º lugar, com 9 pontos, após onze rodadas, o Coritiba precisou de uma campanha de recuperação. Um quadro parecido com o atual. O problema é que a produção deste grupo deixa a torcida coxa-branca temerosa. Ajustes, dentro das limitações econômicas do clube, já foram feitos, a comissão técnica teve um mês inteiro para trabalhar e nada de diferente aconteceu dentro de campo.

Contra Figueirense e Botafogo, o que se viu foi um time incompetente para fazer gols e frágil na marcação, principalmente nos lances de bola parada. Erros individuais resultaram em duas derrotas e o Verdão segue com os mesmos sete pontos que conquistou antes da parada para a Copa do Mundo. O técnico Celso Roth – que ainda sonha com a contratação de um atacante – deixou claro que ninguém deve esperar um milagre e que uma mudança só virá com ‘trabalho e sorte’. Nos dois tropeços mais recentes, o time sofreu gols muito cedo e a ansiedade para mudar o quadro acabou sendo um obstáculo intransponível.

Em meio a esse cenário de descrédito é que o grupo terá que buscar uma guinada – aparentemente improvável – neste Brasileirão. Para chegar aos 47 pontos (número mágico para se manter, com certeza, na Série A), será necessário, a partir de domingo, quando encara o Grêmio, em Porto Alegre, obter um aproveitamento de quase 50% (mais precisamente, 49,38%), o que corresponderia, hoje, às campanhas de Santos, Goiás e Atlético Mineiro, que ocupam uma faixa intermediária na tabela de classificação, entre 9º e 11º lugares. É bom o torcedor coxa-branca começar a acender as suas velas.

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