E agora?

Novo técnico, manutenção de estrelas e prioridade no futebol. Os desafios de Samir Namur no Coritiba

Samir Namur quer um técnico identificado com o clube e com os projetos da diretoria. Foto: Jonathan Campos

Eleito no último sábado o novo presidente do Coritiba, Samir Namur só assumirá o cargo de maneira oficial na próxima quinta-feira, quando acontecerá a posse no clube, mas o novo mandatário já está colocando a mão na massa e correndo contra o tempo. Enquanto muitos outros times já estão acertando contratações, o Verdão aguardava a definição da sua nova diretoria para poder se movimentar no mercado.

Grande responsável por tentar recolocar o Coxa na elite do futebol brasileiro, Namur terá que trabalhar dentro e fora de campo, uma vez que o clube vive em torno de dívidas, tendo que conciliar a montagem de um elenco forte em campo, mas sem gastos que afetem o caixa do clube.

“A reestruturação no Coritiba já era necessária antes do rebaixamento. Agora, com o rebaixamento, a necessidade é ainda maior e prioritária. Mesmo com menor receita, com a reestruturação, o Coritiba ainda será o clube de maior receita da Série B. Então tem a obrigação de pelo menos fazer um bom trabalho e retornar à Série A”, destacou ele.

Por isso, o primeiro foco será o futebol. A partir de agora, o objetivo é montar uma direção e uma comissão técnica para, na sequência, ir atrás de reforços pontuais para montar o elenco, que se apresenta em menos de um mês.

“Tem uma série de medidas que são necessárias, emergenciais. Mas, sem dúvida, até porque o Coritiba está muito atrasado em termos de planejamento, a nossa primeira medida será em relação ao futebol. Quanto antes termos a reestruturação do departamento de futebol e da comissão técnica, melhor. Mas não é por conta desta urgência que vamos meter os pés pelas mãos. Vamos pensar com calma e até semana que vem espero que esteja definido”, afirmou.

Novo presidente chega tendo que equilibrar dívidas com montagem do elenco. Foto: Jonathan Campos
Novo presidente chega tendo que equilibrar dívidas com montagem do elenco. Foto: Jonathan Campos

Começando pelo treinador. Marcelo Oliveira dificilmente seguirá no cargo, pelo perfil e também pelo alto salário, mesmo tendo se colocado à disposição após o rebaixamento em Chapecó. A ideia da nova diretoria é alguém mais novo e que trabalhe com o novo perfil que será implementado.

“Queremos um técnico com perfil jovem, ambicioso, que venha para crescer com o Coritiba, usar as categorias de base e de preferência se for identificado e conhecer o Coritiba, melhor ainda”, explicou Namur, sem citar nomes e garantindo que sequer entrou em contato com possíveis candidatos.

“Já temos uma série de conversas entre nós, ideias de perfis de profissionais definidos. Queremos iniciar contato com alguns profissionais, e digo de antemão à torcida que só serão anunciados profissionais quando estiverem certos. A posse é só na quinta-feira, então antes de sexta-feira não terá nada”, reforçou.

E de fato a base será a essência do Coritiba em 2018. Sem um alto orçamento para fazer grandes investimentos, o Coxa irá utilizar a garotada, principalmente no Campeonato Paranaense, quando os gastos serão menores. O que não quer dizer que faltará experiência ao elenco. Principais nomes do time em 2017, o goleiro Wilson e o atacante Kléber têm contrato com o clube até 2020 e 2018, respectivamente. E se depender do novo presidente, os dois serão peças-chaves nesta reformulação alviverde.

“Da minha parte, tanto o Kléber quanto o Wilson são peças importantíssimas para a Série B, têm contrato com o clube, são lideranças, ídolos da torcida e da minha parte eles devem permanecer como atores principais do nosso elenco”, destacou o presidente.

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