O que já era esperado se confirmou. Jogando um futebol apenas para o gasto, sem se esforçar muito, mas ao mesmo tempo sem também ser pressionado, o Coritiba levou o segundo jogo da final, no Couto Pereira, em banho maria, segurou o 0x0 com o Atlético e comemorou o título do Campeonato Paranaense depois de quatro anos.

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A grande decisão do Estadual passou longe de mostrar um futebol bonito, foi uma partida ruim de se assistir, com poucas emoções e quase nenhum lance de gol, o que se refletiu no placar. Ainda mais pela vantagem do Coxa por três gols em cima do Furacão. Não havia motivos para os donos da casa se exporem e nem os visitantes se viam com condição de reverter o 3×0 da Arena. Mas era uma final. E aí, o clima é diferente, a tensão é maior e não precisa o duelo ser animado para que os torcedores se empolguem. E aliás, foi o maior público do campeonato, mais de 32 mil pagantes coloriram o estádio ontem.

Tudo era motivo de festa e comemoração no Couto Pereira. Qualquer dividida e chutão era comemorado pela torcida do Coritiba. Até mesmo quando Iago saiu lesionado, logo com cinco minutos, o torcedor coxa-branca se levantou para aplaudir o atacante, que sentiu a coxa justamente quando tentou – e conseguiu – evitar a saída da bola pela lateral.

Só que a empolgação das arquibancadas não se refletia em campo. Não que o Alviverde encontrasse dificuldades, pelo contrário, foi quem mais levou perigo, mas o duelo não era tão fácil quanto foi na Arena. Mesmo com um time misto, o Atlético mostrava uma marcação mais firme, conseguia vez ou outra chegar ao ataque, embora não chutasse à meta de Wilson.

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Mesmo assim, o controle da partida era do Coritiba, que chegou três vezes no primeiro tempo, todas com Kléber, mas sem muito susto. Mais uma vez explorando as laterais, o Coxa apostava nas jogadas em velocidade, com Neto Berola e Anderson, e, na maioria das vezes, ganhava as disputas.

Mas o que levantava mesmo a torcida eram lances como o drible de Neto Berola e o chapéu de Henrique Almeida. Ou até mesmo o erro de passe de Wanderson para Marcão, que resultou em escanteio para o Verdão e a bronca da arbitragem no técnico Paulo Autuori. Tudo era motivo de festa e comemoração no Couto. Era uma contagem regressiva para o prato principal, o título estadual.

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No segundo tempo o Atlético volto um pouco melhor e teve uma grande chance aos 12 minutos, quando Grafite dividiu com Wilson, que tirou com o pé. Aos 17, o goleiro fez outra grande defesa após desvio em cobrança de falta de João Pedro. A bola ainda bateu na trave.

Nada que tirasse a confiança do coxa-branca. Em campo, o time não demonstrava um futebol muito envolvente, se enrolava em algumas jogadas, principalmente com Neto Berola. Só que na metade da etapa final, o grito de ’É campeão’ já ecoava no Couto Pereira. A festa do começo do jogo foi só aumentando.

Mas faltava um golzinho para que a comemoração fosse completa. E olha que Kléber tentou. Anderson, cara a cara com Weverton, também perdeu. Porém, não fez diferença. Antes do apito final, os gritos de olé dominaram o Couto, que estremeceu quando o título se confirmou.