Ney Franco chega amanhã para sua segunda passagem pelo Coritiba. Atrás dessa informação conhecida desde a manhã de ontem, ficam algumas questões. Duas delas saltam aos olhos: o Coxa abandonou seu projeto? E Ney sozinho vai resolver a crise técnica alviverde?

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A primeira pergunta é feita porque todos os pontos que se ligavam ao ousado plano de reformulação do futebol alviverde já não estão mais no clube. O primeiro a sair foi o gestor João Paulo Medina, que não aceitou a cobrança forte feita pela diretoria após a perda do título paranaense. Depois, saiu o vice-presidente Ricardo Guerra, que foi o avalista da vinda de Medina para o Couto Pereira. Por fim, saiu Marquinhos Santos, que tinha dois anos de contrato e era o símbolo (pelo menos externamente) desta nova filosofia.

Com eles, afastou-se também Alex. O craque, hoje comentarista, só anunciou seu apoio à chapa de oposição após a entrada de Guerra e a adoção dos planos de Medina, que incluíam a permanência de Marquinhos. Sem os quatro, o presidente Rogério Bacellar se apoiará em Ernesto Pedroso e André Macias, os vices que mais cobravam resultados da antiga comissão técnica. É uma nova fase desta gestão.

A segunda questão é mais importante para o torcedor. E já ficou evidente que todos no clube sabem que o Coxa é um time carente de qualidade. É possível dizer que o discurso de Marquinhos tinha se esgotado, mas não se pode deixar de falar que faltavam opções. Ney Franco chegará com pelo menos três reforços (Esquerdinha, Marcos Aurélio e Lúcio Flávio), a volta de Carlinhos e Rosinei e a possível chegada de mais gente (André, Pablo).

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Ganha peças que o ex-treinador esperava ansiosamente. Terá tempo para trabalhar (a semana toda, o confronto com o Flamengo e mais uma semana até o Atletiba), um elenco fortalecido e o apoio da torcida. Um ambiente mais favorável. Se vai funcionar, saberemos a partir das 16h30 do sábado, no Couto Pereira.

Trajetória

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Depois de levar o Coxa de volta para a elite em 2010, Ney Franco assumiu a seleção brasileira Sub-20. Conquistou o Sul-Americano levando a equipe à Olimpíada de Londres, além do título do Mundial da categoria em 2011.

Em 2012, assumiu o São Paulo. De lá, o treinador foi para o Vitória.

Ele acabou deixando o cargo após empate no Bavi do Brasileiro de 2014. Foi para o Flamengo e permaneceu no comando por apenas sete rodadas e nenhuma vitória, três empates e quatro derrotas. Voltou para o Barradão onde foi rebaixado com o time baiano.

Recomeço! Leia mais do Coxa na coluna do Massa!

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