Se não dá na técnica...

Na raça, Coxa arranca empate com o Palmeiras

Quando se fala em elenco restrito, muita gente não entende. Mas a noite de quarta-feira (15) no Couto Pereira mostrou as carências do Coritiba – ainda mais claras no confronto com o time com mais opções no futebol brasileiro atualmente. Sem alguns titulares, o Palmeiras montou um time mais qualificado, e ainda pôde contar com as entradas decisivas no segundo tempo de Cleiton Xavier e Cristaldo. A superioridade de investimento e de peças levava o time paulista a vencer o Coxa, mas a luta dos donos da casa foi premiada aos 49 do segundo tempo, e o 2×2 evitou a volta à zona de rebaixamento.

Confira como foi o tempo real de Coritiba 2×2 Palmeiras!

Algumas carências alviverdes são explícitas. Com Carlinhos em má fase, Benítez machucado e Emerson Conceição sabe Deus onde, Pachequinho preferiu improvisar Juninho na lateral-esquerda. E o zagueiro teve uma de suas piores atuações no Cori. Ele participou diretamente do gol de abertura do placar, quando Moisés lançou Roger Guedes e o coxa-branca se embolou. O meia palmeirense dominou e mandou uma bomba, indefensável – só assim para vencer Wilson, novamente um dos destaques do Coritiba.

Se conseguiu equilibrar as ações e terminar o primeiro tempo com predomínio tático, é preciso dar méritos a quem estava dentro de campo e também fora dele. Se ainda comete erros individuais imperdoáveis, taticamente o Coxa melhorou. Pachequinho organizou melhor a equipe, que marca mais e consegue sair ao ataque com qualidade. E no gramado Dodô, Edinho e Ruy (este o melhor em campo) comandaram a reação. O empate foi de João Paulo, desviando livre uma bela cobrança de falta de Ruy.

Aí veio o segundo tempo. “É difícil jogar contra o Coxa”, tinha dito Cuca antes da partida. E sabendo disso, tratou de reforçar a equipe. Tirou Thiago Santos, recuou Moisés para jogar ao lado de Tchê Tchê na marcação e colocou Cleiton Xavier. Ele e Roger Guedes imprimiram um ritmo intenso de marcação e ofensividade. E o Palmeiras foi chegando. Faltava apenas um finalizador de ofício. E ele também estava no banco – Cristaldo. O argentino substituiu Rafael Marques e logo marcou o segundo gol dos paulistas. Foi um lateral que Tchê Tchê jogou na área, Vítor Hugo desviou e Cristaldo completou.

Sem muitas opções, Pachequinho colocou todos os atacantes do banco – Ortega, Leandro e Evandro. Era a única possibilidade para buscar o empate. O Palmeiras era sempre perigoso, chegou a aparecer na cara de Wilson com Moisés e Gabriel Jesus. E o Cori lutando com as forças que tinha. E até com as que não tinha – uma paralisação por conta dos sinalizadores na torcida paulista fez a partida ter sete minutos de acréscimos. E aos 49 Evandro tocou para Leandro mandar a bomba e deixar tudo igual. Se a diferença técnica é evidente entre os dois alviverdes (tanto que o time paulista terminou o dia na liderança do Brasileirão), a vontade coxa garantiu um ponto precioso no Alto da Glória.

Desequilíbrio! Leia mais sobre o futebol do estado na coluna do Mafuz!

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