Foi sofrido, foi suado, foi, talvez, como tinha que ser. O Coritiba, depois de nove jogos, voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Ainda não dá para falar que o Verdão está respirando aliviado na competição, mas a vitória por 1×0 sobre o Cruzeiro, na noite de quarta-feira (18), no Couto Pereira, foi o primeiro passo que o time coxa-branca deu para fugir do rebaixamento. Agora com 31 pontos, o Alviverde, na próxima rodada, contra o Vasco, sábado (21), no Rio de Janeiro, pode finalmente sair da ZR em caso de vitória.
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A pressão de não vencer há nove rodadas e de estar afundado na zona de rebaixamento refletiu na atuação do Coritiba em boa parte do primeiro tempo. E não era para menos, já que o Verdão parece viver uma crise técnica que não tem fim. Mesmo com a necessidade da vitória, o Coxa tinha pela frente um dos melhores times do Brasil, que vinha subindo na tabela, e que conseguia ditar o ritmo da partida.
A Raposa, na verdade, apenas tocava a bola e buscava fazer o que a maioria dos times fizeram quando jogaram no Couto Pereira. O time mineiro tentava encontrar a brecha na defesa alviverde e explorar os erros do nervoso e cada vez mais pressionado time coxa-branca.
O Coritiba até conseguia fazer um bom jogo, mas a falta de calma e o nervosismo eram evidentes no último terço do campo. Quando a bola chegava no quarteto de frente formado por Tiago Real, Rafael Longuine, Rildo e Henrique Almeida, nada de bom saía. Faltava selecionar melhor as jogadas para tentar abrir o placar e ter, assim, mais tranquilidade.
Mesmo assim, a equipe achou seu gol aos 33 minutos. E foi do jeito que tinha que ser, chorado. Depois do escanteio cobrado por Carleto, Cléber Reis desviou de cabeça e Diogo Barbosa marcou contra. O gol que abriu o placar parece que tirou um peso das costas do time alviverde, que passou a jogar mais solto.
Apesar de ter a vantagem mínima, o Coritiba, em campo, estava visivelmente atuando mais a vontade e com mais tranquilidade. Assim, as jogadas passaram a sair naturalmente. O time alviverde passou a selecionar melhor e ainda criou boas chances de ampliar com Henrique Almeida e Rafael Longuine, mas a falta de pontaria impediu o Verdão de fazer o segundo gol.
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Depois dos recentes insucessos, quando não conseguiu se manter regular durante os 90 minutos, o Coxa voltou para o intervalo com o desafio de segurar o placar. O Cruzeiro buscou mais o ataque, mas esbarrou na boa postura defensiva dos donos da casa. Os zagueiros Cléber Reis e Werley e o volante Jonas foram praticamente perfeitos e anularam as principais investidas da Raposa.
Diante de uma noite onde tudo estava dando certo, o técnico Marcelo Oliveira cedeu ao pedido do presidente Rogério Portugal Bacellar e apostou no meia alemão Baumjohann na vaga de Rafael Longuine. O jogador, que não atuava profissionalmente há um ano e três meses, surpreendeu e foi uma boa opção para os contra-ataques.
O Cruzeiro, nos minutos finais, foi para o tudo ou nada. Rafinha, que quase foi contratado pelo Coritiba no ano passado, passou a ser a principal peça ofensiva dos mineiros. O ex-jogador alviverde, inclusive, quase marcou aos 33, mas a bola saiu por pouco. Por pouco um ex-jogador estragou a festa no Couto, mas não deu. E a torcida do Coxa, enfim, voltou a comemorar após um apito final.