Celso Roth nunca gostou dos rótulos que recebeu ao longo da carreira. No Coritiba, não tem conseguido emplacar o tradicional ‘bom início’ de competição. Com apenas quatro pontos, em dezoito disputados, o treinador não vê outra alternativa senão perseverar. “Temos que trabalhar”, frisou Roth, sem disfarçar o desconforto por chegar a três rodadas seguidas na ZR. “É ruim, claro. Mas, só temos uma saída: buscar resultados. O que traz confiança ao grupo é vitória. E, no domingo, temos um campeonato à parte”, destacou, já com a cabeça voltada para o Atletiba.

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O técnico quebra a cabeça para buscar uma solução com as peças que tem à disposição. No jogo de ontem, mais uma vez Zé Love teve um desempenho questionável. O torcedor já não confia no atacante, que só fez um gol, ainda pelo paranaense. “O momento técnico dele é ruim. Para esse jogo, tínha o Júlio César voltando de lesão e o Keirrison que vive um processo de readaptação. O coloquei no intervalo sem saber se ele teria condições de jogar os 45 minutos”, ponderou.

Na sua visão, a instabilidade do Coritiba é reflexo de tudo o que aconteceu no clube desde o ano passado. “Primeiro, o clube teve que lutar até o final para escapar do rebaixamento. Depois, veio o desempenho ruim no Paranaense. Isso não acontece por acaso. Estamos tentando reconstruir a equipe e é um processo complicado, em meio à uma competição como esta”, analisou Roth, que terá pouco tempo para trabalhar soluções. Até a partida contra o Goiás, – a última antes do recesso para a Copa do Mundo -, os jogos serão a cada três ou quatro dias. Para piorar, o Coxa não jogará mais no Couto Pereira.

“É até curioso como os times mudam de comportamento fora de casa. Mas, teremos que superar isso. Uma hora, todo o trabalho desse grupo – que tem qualidade – será recompensado”, acredita.

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