A contratação de Marquinhos Santos é uma solução caseira diante da crise técnica que se abateu sobre o Coritiba. Na verdade, desde a sua saída, o clube não se reencontrou mais. Apesar de conhecidas dificuldades, o treinador conseguiu uma campanha de segurança no Brasileiro de 2012 e, no ano seguinte, conquistou o título estadual e tinha um desempenho razoável na Série A (era 12º, com 31 pontos, após 23 rodadas). As recentes incursões do Verdão no mercado de treinador foram marcadas por insucessos.

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No ano passado, o clube apostou as fichas em Péricles Chamusca, mas teve que recorrer ao interino Tcheco para evitar a degola, numa campanha até improvável para aquele momento. Em 2014, a diretoria decidiu oxigenar o clube com Dado Cavalcanti, mas a eliminação nas semifinais do Paranaense fez com que o projeto fosso ‘abortado’. A opção por um técnico de renome – e bem mais caro que a média do clube nos últimos anos – não deu o retorno esperado. Na prática, o clube dá um passo atrás para tentar se reequilibrar estruturalmente.

Marquinhos Santos, porém, terá que dar uma resposta imediata. Terá a Copa do Brasil, amanhã, para ‘tirar a febre’ do grupo e, a partir de domingo, já não terá tempo para mais nada. Com jogos sucessivos e pouco – ou nenhum – tempo para trabalhar, terá que recuperar o grupo na base da conversa, da psicologia. Certamente terá, a seu favor, o fato de ser um treinador de confiança de boa parte do grupo. Em especial o craque Alex, que nunca escondeu seu apreço pelo perfil profissional de Marquinhos Santos. Resta saber com quais atletas ele poderá contar para essa primeira decisão frente ao Flamengo de Vanderlei Luxemburgo.

Além do próprio Alex – que se recupera de uma lesão de panturrilha -, o treinador depende de reavaliações de Norberto, Dudu e Germano, que também estão entregues ao departamento médico. Quem pode voltar é o volante Gil, após cumprir suspensão no jogo frente ao Palmeiras. Com uma nova visão tática, terá a missão de tornar o Coritiba menos faltoso e mais criativo. Resta saber se esse elenco será capaz de dar uma resposta dentro de campo, já que sob o comando de Roth o futebol apresentado se mostrou ineficaz na maioria dos jogos da Série A, principalmente no Couto Pereira.

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