O Coritiba escalou uma espécie de “força-tarefa” para dar respaldo ao técnico Marquinhos Santos, encarregado de substituir Marcelo Oliveira, demitido após um ano e nove meses à frente do time alviverde. O jovem treinador, de 32 anos, terá como auxiliar o ex-meia Tcheco, de forte ascendência sobre os jogadores. No sábado, até Dirceu Krüger foi visto no gramado do Couto Pereira, na estreia vitoriosa sobre o Flamengo.
Com isso, a diretoria tenta garantir um comando forte sobre o elenco, formado por alguns atletas experientes, alguns deles na mesma faixa de idade do novo treinador, casos de Pereira (33), Lincoln (33) e Deivid (32). Uma das causas especuladas para a queda de Marcelo Oliveira foi a perda do comando sobre o grupo, algo que ficou nítido na derrota por 3 x 0 para a Portuguesa, quarta-feira passada.
Após vitória por 3 x 0 sobre o Fla, os jogadores trataram de enfatizar o apoio ao novo comandante. Um dos líderes do time, coube ao meio-campo Lincoln dar o tom do discurso. “O técnico vai ter ajuda do Tcheco, que até ontem praticamente estava jogando conosco. O jogo estava mais solto, mais leve, e a equipe está dando todo o apoio ao Marquinhos, que veio com um novo e importante discurso nesse momento”, disse.
O jogador Rafinha, outro atleta com liderança sobre o elenco, reforçou o discurso, destacando que a chegada de Marquinhos desencadeia uma nova fase.. “É vida nova, treinador novo, é se dedicar e dar a maior credibilidade para o Marquinhos que é um treinador jovem e a gente tem que dar total apoio para ele”, comentou.
Ex- funcionário coxa-branca, com passagem pelas categorias, Marquinhos Santos disse que pretende dar continuidade ao projeto iniciado com Marcelo Oliveira, em 2010, e negou que houvesse alguma desunião no elenco, antes de sua chegada. “O grupo já estava unido, não foi a minha chegada que os uniu” assegurou.
Pelo menos em seu jogo de estreia, o técnico evitou mudanças radicais na equipe que vinha sendo escalada pelo antecessor. Segundo ele, as mudanças foram pontuais em alguns aspectos “estratégicos”. “A gente fez algumas modificações, não em função do que o Marcelo vinha utilizando, mas que se ajustam ao que eu penso em estratégia de jogo. Não mudei muita coisa. Só trabalhei com eles a estratégia de jogo, a marcação-pressão, vir atrás da linha da bola, a defesa”, disse o blindado Marquinhos Santos.
