Apesar de toda a bagagem e experiência, o técnico Marcelo Oliveira vive a expectativa de disputar o primeiro título de importância de sua carreira, na condição de treinador pelo Coritiba.
No Atlético-MG, CRB, Ipatinga e Paraná Clube foram bons trabalhos, mas sem faixa. Na rodada passada, o Rubro-Negro venceu o Paranavaí e transferiu para o confronto direto de domingo a possibilidade de o Alviverde levantar a taça com antecedência.
Por isso, o profissional vive uma semana diferenciada no CT da Graciosa e controla a ansiedade com a real chance de entrar para o primeiro time de técnicos do Brasil.
Paraná Online – Você considera o crescimento do seu trabalho graças a esta temporada no Coritiba?
Marcelo Oliveira – Eu venho crescendo de outros trabalhos, como no Atlético Mineiro por vários anos, no Ipatinga e no Paraná Clube também. Mas aqui eu talvez tenha encontrado um ambiente mais equilibrado em todos os aspectos, do administrativo ao elenco já montado. E isso acabou gerando melhores resultados.
Paraná Online – Essa é uma decisão que está mexendo com você de maneira diferente?
Marcelo Oliveira – Já passei por muitas coisas e é o primeiro título de expressão que estou disputando, e com possibilidade de ganhar. Vamos ficar tranquilos, com os pés no chão, mas consciente do nosso valor, do nosso potencial para fechar esse campeonato.
Paraná Online – Qual o peso que cabe ao técnico num momento decisivo como este?
Marcelo Oliveira – É uma peça importante da engrenagem como um todo. Você tem que estar atento à estratégia usada no jogo e observar, ali no jogo, o que pode ser modificado.
Às vezes dá certo, às vezes não, mas é apenas uma parte. Não se ganha com treinador e não se perde. Temos que estar junto nessa comunhão de situações e o coletivo tem que falar mais alto.
Paraná Online – Como é a rotina de um técnico numa semana decisiva, e com clássico pela frente?
Marcelo Oliveira – O técnico de um grande time, como é o Coritiba, pensa em futebol na maior parte do dia, e não tem como ser diferente. Se você não se entrega de corpo e alma, você não vai conseguir bons resultados.
Na semana do clássico dá um pouquinho mais de ansiedade, mas também uma confiança e uma expectativa muito boas de ter construído esse momento através do trabalho. Naturalmente, a gente vai tranquilo e consciente do que pode fazer.
Paraná Online – Você tem um estilo mais calmo, ao contrário do Adilson Batista. Você considera isso uma vantagem?
Marcelo Oliveira – No futebol brasileiro, culturalmente, quando se ganha se elogia a característica daquele técnico que ganhou. Se perde, aquilo já não serve e a calma já não serve ou o excesso de vibração e de envolvimento não servem. Então, cada um tem suas características e a cobrança existe, independentemente dos perfis dos técnicos.