Até sábado, o técnico do Coritiba é Ney Franco. Marcelo Oliveira só estreia no ano que vem, no Campeonato Paranaense, mas desde ontem ele já trabalha no Alto da Glória.
No primeiro encontro com dirigentes e o corpo funcional do clube, o treinador sentiu a responsabilidade que terá pela frente ao pegar uma equipe campeã da Série B e com estrutura para voltar com tudo à Primeira Divisão.
Por isso, Marcelo Oliveira não pensa pequeno e já avisa que o Alviverde vai começar o ano lutando pelo bicampeonato estadual. Com ele, chegam o auxiliar técnico Tico Santos e o preparador físico Juvenílson Souza, que se integrarão à comissão técnica que permanece no clube, mesmo com a ida de Ney para a coordenação das categorias de base da Seleção Brasileira. Na entrevista coletiva, ele falou sobre o desafio de dirigir o Coxa.
Primeira impressão
“Não poderia deixar de exaltar a temporada brilhante que o Coritiba teve comandada por um profissional de belíssima competência, o Ney Franco, e condizente com as tradições de conquistas do clube. Me senti honrado com o convite do Coritiba, pela instituição grandiosa que é e, se tinha uma imagem de fora, uma imagem positiva, hoje a constatação é muito maior.”
Objetivo
“A partir de hoje, o nosso grande objetivo é ser bicampeão estadual. Até por que, há seis anos isso não acontece (desde 2003 e 2004) e é uma possibilidade boa. Não será fácil, mas é possível na medida em que você tem grandes profissionais trabalhando junto. Eu valorizo muito esse trabalho de equipe e com a participação presente e fiel da torcida a gente entende que é muito possível. Vamos buscar o título o todo tempo.”
Torcida
“A torcida sempre foi muito presente e fiel e este ano teve um papel fundamental nas conquistas do Coritiba. “
Reforços
“Já conversamos alguma coisa sobre elenco e naturalmente esta semana vamos falar mais detalhadamente. O Coritiba tem hoje um grupo de jogadores vencedores, um ambiente muito favorável e isso se percebe com muita nitidez. Então, vamos observar quem, por algum motivo, poderia sair e naturalmente dar sugestões e avaliar sugestões do clube para algum jogador que pode vir. “
“O Coritiba é um clube tão bem organizado que nesse primeiro dia eu já percebi que a sugestão que eu daria para em relação à pré-temporada já foi decidida pelo clube. Vou ficar esta semana aqui para outras decisões e em dezembro também.”
Transição
“Vamos troca ideias e é importante que o Ney me passe informações. Naturalmente, conheço tecnicamente todos os jogadores do Coritiba, mas o dia-a-dia, a personalidade de cada um e a possibilidade de saída e permanência será conversada.”
“Acho benéfico ter um time mesclado com jogadores da base. No Paraná, efetivamente eu não conseguiu porque os jogadores não ocuparam o espaço esperado. O Kelvin era jogador do juvenil e algumas vezes me falaram muito bem dele. Tentei levar para treinar, mas a pressão era grande e não era fácil lançar um garoto de 16, 17 anos. Não tive a oportunidade de vê-lo treinar.”
Trabalho
“Substituir o Ney não é tarefa fácil, por tudo o que ele representa e tudo o que ele conquistou profissional e pessoalmente aqui no Coritiba. É o que me coube. Me senti imensamente honrado de, estar aqui e iniciar este trabalho, com a estrutura que eu sempre almejei. Então cabe a mim e à comissão técnica sermos intensos no nosso trabalho, darmos segmento a esta estrutura e buscar resultados, que é o que importa.”
Companheiros
“Eu tenho uma afinidade muito grande com o Tico, e já trabalhamos em três equipes (Atlético-MG, Ipatinga e Paraná). É um profissional de confiança, que está no dia-a-dia e me abastece de informações. Isso é muito importante e o Juvenílson eu conheci no Paraná. Gostei muito do trabalho dele e achei por bem agregar estes profissionais para que eles se juntem à equipe já formada.”