Um Coritiba inoperante no ataque, mas forte na marcação. Esse pode ser o resumo do que o Coritiba fez na derrota por 2×1 para o Palmeiras, sábado, no Allianz Parque, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas, diante do líder da competição, essa postura não foi suficiente para arrancar pelo menos mais um ponto fora de casa. Pelo contrário.
Em nenhum momento o Alviverde assustou o clube paulista. Algo que já era esperado assim que a escalação foi divulgada. O técnico Paulo César Carpegiani resolveu fechar o time e colocou Walisson Maia e Edinho, deixando Dodô e Alan Santos no banco. A tática era tentar bloquear o quarteto ofensivo palmeirense, que trocava de passes e de posição rapidamente.
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“Eu queria fazer uma marcação mais forte. No último jogo tivemos ali no setor um adversário jogando com mais liberdade, então quis fortalecer ali. No primeiro tempo fomos bem, mas no segundo erramos e permitimos que o adversário jogasse. Mas são opções e hoje fiz a escolha de acordo com a característica do adversário”, explicou o treinador.
Carpegiani definiu bem. No primeiro tempo, o Coritiba quase não saiu do seu campo defensivo. Mas, tirando um chute de Gabriel Jesus no final, Wilson também não trabalhou. O Palmeiras tentava atacar de todas as formas, mas não encontrava espaços. A estratégia, até ali, estava dando certo.
Só que veio o segundo tempo e tudo desandou. Cuca mexeu no Palmeiras. Tirou Erik e colocou Leandro Pereira. Uma alteração digamos ‘seis por meia dúzia’, mas que fez toda a diferença. Com cinco minutos, a equipe paulista já havia perdido duas grandes chances e aberto o placar. Justamente com Leandro Pereira, em uma falha de Wilson. Dudu cobrou falta na área, a bola foi desviada e o goleiro coxa-branca foi mal na dividida, perdendo para o atacante, em um lance que o Verdão reclama de falta.
“Era lance que a bola sobe muito, complica para o goleiro. Nesses lances o jogador finge que não vê o goleiro e sobe junto, o braço dele bloqueia meu braço, e ele nem vê a bola. Para mim, é falta e tenho certeza que se fosse para o outro lado seria marcado. Mas não adianta, não tem como voltar atrás”, afirmou Wilson.
Só que nada foi marcado e a jogada desestabilizou o Coxa, que seguiu sendo pressionado e, aos 11, levou o segundo gol, em novo vacilo. Roger Guedes avançou pela direita e cruzou rasteiro na área para quatro companheiros completamente livres. o zagueiro Mina se antecipou e só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes.
Depois disso o jogo teve o ritmo diminuído. O Coritiba ainda descontou, com Iago, que aproveitou a sobra da defesa para fazer um belo gol, encobrindo todo mundo que estava na área. Na única vez que o time, de fato, atacou. Porém, apesar disso, Carpegiani enalteceu a postura dos jogadores.
“Prefiro exaltar a equipe adversária, que mereceu a vitória. Encontramos dificuldades contra uma equipe muito rápida, técnica, com muita habilidade e nossos jogadores estão de parabéns porque deram o máximo. Não adianta lamentar isso ou aquilo. Tentamos nos impor e no final mostramos que poderíamos jogar um pouco mais, colocar a bola no chão e conseguir um resultado melhor”, completou o comandante coxa-branca.
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