O bom momento do Coritiba no Campeonato Brasileiro e a oportunidade de ver o clube novamente disputando uma partida internacional empolgaram o torcedor alviverde que, quarta-feira (21), compareceu em grande número no Couto Pereira para acompanhar o duelo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana diante do Belgrano. Independentemente da derrota de 2×1 para os argentinos, o Coxa parece ter reconquistado o torcedor, já que o público de 22.950 foi o maior deste ano, superando os 19.863 presentes na final do Campeonato Paranaense contra o Atlético.
Desde as primeiras horas da tarde, a movimentação da torcida no entorno do estádio já era muito grande. Muitos torcedores tentaram evitar, mas encararam filas nas bilheterias tanto para a compra de ingressos ou para a retirada das entradas compradas pela internet ao preço promocional de R$ 20 – cerca de 10 mil bilhetes foram vendidos antecipadamente.
Mais perto da hora da partida, o que se viu ao redor do Couto Pereira foi uma verdadeira confraternização entre torcedores alviverdes e torcedores do Belgrano, que vieram em grande número da Argentina. Por volta das 20h10, pouco mais de uma hora para o início da partida, houve uma movimentação muito grande da torcida para receber a delegação na tradicional “Mauá de fogo” com direito a show de luzes, fumaça verde e fogos.
A torcida do Belgrano não ficou para trás. Sendo de carro, ônibus e avião, cerca de três mil torcedores argentinos vieram de Córdoba para Curitiba (quase dois mil km) para acompanhar o duelo pela Sul-Americana, que foi o primeiro jogo internacional da história da equipe argentina. Fora do Couto, desde as primeiras horas do dia a movimentação dos torcedores foi grande e intensificou-se com o passar das horas.
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Na movimentação da torcida argentina, histórias curiosas embalavam o sentimento único do torcedor do Belgrano com a chance de acompanhar seu clube neste primeiro jogo internacional da sua história. O auxiliar de limpeza Eduardo Cara viajou quase um dia e meio e gastou cerca de R$ 800 para acompanhar seu clube. “Foram 36 horas de viagem. Foi uma viagem tranquila. Acompanhar o Belgrano não tem preço. Peguei quatro dias de permissão do trabalho. Deixamos a família e tudo pelo Belgrano”, contou.
Com um investimento um pouco maior, mas com mais comodidade, Alejandro Moreno, de 34 anos, não escondeu a empolgação por poder acompanhar o Belgrano no jogo histórico. “Saímos às 7h, viemos em quatro amigos e chegamos de tarde. Ver o Belgrano em uma partida internacional é um sonho, é o nosso sonho. Esperamos passar bem, cantar ali dentro (do Couto Pereira). Deixei trabalho, os dois trabalhos, noiva, família e operei a coluna há dois meses. Não me importa nada que não seja o Belgrano”, cravou o torcedor argentino.
Com bandeiras e faixas, já dentro do Couto Pereira, a torcida do Belgrano iniciou a sua festa muito antes de a bola rolar. A torcida alviverde respondeu, mas a noite foi totalmente argentina.
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