Última chance

“Liberdade condicional”, a última cartada do Coritiba pra ter Kléber mais cedo

O plano derradeiro do Coxa é poder contar com Kléber contra a Chapecoense, no dia 6 de agosto. Foto: Marcelo Andrade

O Coritiba ainda não desistiu de liberar Kléber antes das quinze partidas de punição definidas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Depois de ter sido derrotado na Comissão Disciplinar, no Pleno e nos embargos de declaração, a próxima tentativa do clube será uma espécie de “liberdade condicional” para o Gladiador, o que pode acontecer após o oitavo jogo de suspensão – que seria contra o São Paulo, na próxima quarta-feira (2).

O plano departamento jurídico do Coxa é pedir diretamente ao presidente do STJD, Ronaldo Placente, que aceite a conversão da pena em ações sociais, o que está previsto para suspensões a partir do cumprimento da oitava partida. “Temos que exercer tudo que nos cabe. Precisamos do atleta. Ele já está penalizado, cumpriu seis partidas. Precisamos reverter o que for possível. Até pela carreira dele vai pegar mal. É uma pena. Eu como torcedor e dirigente do Coritiba fico muito magoado”, comentou o diretor institucional Ernesto Pedroso.

A situação, no entanto, é bastante complicada. Kléber foi tomado como um “caso exemplar” desde o jogo contra o Bahia, quando trocou cusparadas com o volante Edson e agrediu o próprio Edson, além de tentar acertar Zé Rafael. Numa situação única, ele foi punido preventivamente pelo tribunal logo após a denúncia da Procuradoria – quem assinou a suspensão preventiva foi justamente Ronaldo Placente, que vira agora a esperança alviverde para dar a “condicional” para Kléber.

Depois, no julgamento da Comissão Disciplinar, o Gladiador pegou quinze jogos de gancho. Para os auditores, a atitude do capitão alviverde foi “gravíssima”, o que levou a aplicação da pena pesada. O Coxa conseguiu o efeito suspensivo até o Pleno se manifestar, e lá aconteceu uma trapalhada histórica. O departamento jurídico não aceitou a proposta de transação disciplinar, que oferecia a redução da pena para sete partidas e o pagamento de uma multa de R$ 230 mil. A “oferta” coxa-branca era de seis jogos e R$ 200 mil de multa. Quando viu que os 15 jogos seriam mantidos, os advogados do clube tentaram retomar a proposta da Procuradoria, mas fracassaram.

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Na quarta-feira (26), o Coritiba viu cair outra tentativa nos Embargos de Declaração, que pediam que a transação disciplinar fosse recolocada – segundo a diretoria alviverde, Kléber pagaria a multa de R$ 230 mil. Mas antes mesmo do caso voltar ao Pleno, o relator Antônio Vanderler de Lima rejeitou o pedido, afirmou que a transação tinha sido negada pelo clube e por isso estava fora de cogitação e voltou a atacar o Coxa. “Transferir o grave desvio de conduta do seu atleta a uma suposta e precária alegação de erro in procedendo do julgamento ou o excesso da penalidade é inaceitável! As agravantes foram legalmente aplicadas com base em fatores que circundam e afetam o caso concreto, na forma posta do voto”, escreveu o auditor em seu relatório.

A redução da pena a partir da oitava partida com conversão para ações sociais é a última cartada para que o Coritiba tenha Kléber mais cedo – no caso, a partir do próximo domingo (6), contra a Chapecoense, no Couto Pereira. Se isto não acontecer, o Gladiador só voltará mesmo no dia 27 de setembro, diante do Bahia, pela 26ª do Brasileirão.

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