Nascido em São Luiz (MA) em 1883, João Evangelista Belfort Duarte foi um dos fundadores da Associação Atlética Mackenzie College, primeiro clube verdadeiramente de brasileiros no futebol paulista.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1908 e começou a jogar pelo América-RJ. No ano seguinte, numa partida contra o Botafogo, por sua iniciativa, o time do América-RJ saudou a torcida pela primeira vez, criando um costume até hoje usual nos campos de futebol.
Atleta exemplar, Belfort Duarte jogou até 1915, mas seguiu trabalhando como desportista. Foi ele quem oficializou as regras do futebol no Brasil, promoveu a primeira visita de um time estrangeiro ao País e abriu as portas do América-RJ ao atleta negro. Também daria nome a um prêmio concedido a atletas que não foram expulsos na carreira.
Tudo isso em pouco tempo de vida. Quando convalescia da gripe espanhola, epidemia que assolou o Brasil, numa fazenda do interior fluminense, foi estranhamente assassinado no dia 27 de novembro de 1918, exatamente quando completava 35 anos de idade.
Em 1932, quando o Coritiba inaugurava seu estádio, muitos dos principais nomes da história do clube estavam vivos e era preciso uma referência que identificasse o novo campo. Assim como Belfort, o Coritiba lutava por um futebol leal e organizado. Como o América, campeão carioca na época, participou da inauguração do estádio, o Coritiba prestou homenagem ao ilustre desportista, reconhecido em todo o País por sua história no futebol.
Com o passar do tempo o Verdão criou seus ídolos e o nome do estádio mudou para Major Antônio Couto Pereira em 1977, mas Belfort está eternizado na história alviverde, apesar de nunca ter vestido a camisa coxa.
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Coritiba e América-RJ inauguram o futuro Couto Pereira em 1932. |