Rendimento ruim não é de hoje

Jogar fora, um tormento pro Coxa há muito tempo

Seis jogos fora do Couto Pereira. Nenhuma vitória, dois empates e quatro derrotas. Apenas três gols marcados, e oito sofridos. Esta é a pálida campanha do Coritiba jogando fora de casa. Campanha que ajuda a explicar a situação complicada desde o início do Campeonato Brasileiro. E o que devia ser algo a se preocupar neste momento se transforma em uma triste rotina. Desde que o Brasileirão passou a ser disputado em pontos corridos, em apenas uma edição o Coxa teve um aproveitamento superior a 50% nas seis primeiras partidas longe de Curitiba.

Foi só justamente na primeira edição com pontos corridos, em 2003 – ano em que o Coritiba terminou em quinto lugar e conquistou uma vaga na Copa Libertadores. Nos seis primeiros jogos, foram três vitórias, um empate e duas derrotas da equipe de Paulo Bonamigo, Fernando Prass, Reginaldo Nascimento e Marcel. Aquele time acabou com o melhor aproveitamento fora de casa entre todas as campanhas alviverdes em campeonatos brasileiros.

Dali por diante, apenas em 2005 o Coxa venceu duas partidas – e num ano em que o time acabou rebaixado. A equipe começou com Antônio Lopes e depois passou para o comando de Cuca, e venceu o Fortaleza no Presidente Vargas e o Fluminense no mesmo Raulino de Oliveira onde empatou em 0x0 no último sábado (2). Foram sete pontos conquistados naqueles seis jogos, número repetido em 2004 e 2013, só que com uma vitória e quatro empates.

De 2008 para cá, a situação é tenebrosa. Naquele ano e também em 2011, 2014, 2015 e agora em 2016 o Coxa não venceu um jogo sequer fora de casa nas seis primeiras rodadas do Brasileiro. O time de Marcelo Oliveira que encantou o País em 2011 teve o mesmo recorde negativo desta temporada, perdendo os quatro primeiros jogos fora de casa – mas a diferença é que nesse período o time reserva foi usado enquanto o titular se dedicava à Copa do Brasil.

Com mais de um terço de Brasileirão disputado, os números preocupam, e indicam um quinto ano seguido lutando contra o rebaixamento. “Nós temos que mudar essa história. O torcedor não aguenta mais isso”, resumiu o lateral-direito Dodô, antes mesmo da partida do sábado com o Fluminense. Para o técnico Pachequinho, o time está no caminho certo. “Melhoramos muito no aspecto defensivo e é claro que isso nos dá uma condição de melhorar dentro do campeonato. O ideal é manter essa postura inteligente sempre”, afirmou o treinador, que sabe da necessidade de somar pontos longe de Curitiba. “Vamos trabalhar para conseguir agredir mais os adversários e buscar as vitórias fora de casa”, finalizou.

NÚMEROS RUINS

Os seis primeiros jogos fora de casa do Coxa no Brasileiro:

2003 – 3V / 1E / 2E – 9GP / 7GC
2004 – 1V / 4E / 1D – 6GP / 5GC
2005 – 2V / 1E / 3D – 8GP / 8GC
2008 – 0V / 3E / 3D – 6GP / 11GC
2009 – 1V / 1E / 4D – 5GP / 12GC
2011 – 1V / 1E / 4D – 6GP / 10GC
2012 – 0V / 2E / 4D – 7GP / 16GC
2013 – 1V / 4E / 1D – 6GP / 6GC
2014 – 0V / 2E / 4D – 4GP / 9GC
2015 – 0V / 1E / 5D – 3GP / 11GC
2016 – 0V / 2E / 4D – 3GP / 8GC

Voltando a viver! Leia mais sobre o futebol paranaense na coluna do Mafuz!

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