Ter o G-9 como agente fiscalizador, na cobrança de metas e resultados. Dividir o clube entre quatro departamentos estratégicos de atuação: futebol, financeiro, administrativo e marketing.
Enxugar os gastos e contratar jogadores baratos, mas que tenham interesse em vencer na vida. É assim que o presidente Jair Cirino espera tirar o Coritiba da agonia e devolvê-lo ao grupo de elite do futebol brasileiro, lugar de onde caiu no ano do centenário.
Apesar do grande número de baixas no G-9, o presidente reeleito diz que voltou fortalecido. “Temos em nosso grupo pessoas de sucesso em suas atividades empresariais. Fui apoiado por lideranças expressivas. É por isso que tenho a convicção de que farei o Coritiba voltar a ser forte em minha gestão, voltada aos interesses do povo coxa-branca”, disse.
De acordo com o vice-presidente, Vilson Andrade, o Alviverde vai traçar estratégias financeiras em duas etapas. Uma emergencial, para o período do Campeonato Paranaense, outra a longo prazo.
“Vamos passar 100 dias contando as despesas”, disse, já pensando nas receitas que o clube poderá conseguir no estadual para a disputa de um Brasileiro de pouco dinheiro.
Tranquilidade
Apesar de todo clima de tensão criado nos dias que antecederam as eleições, a votação foi tranquila. O prometido protesto não teve adesão dos torcedores e havia mais policiais militares que manifestantes no local. Um pequeno tumulto ocorreu no portão da Rua Mauá, mas a Polícia agiu rápido e os revoltados foram embora mais cedo.
As eleições
Mesmo sem chapas de oposição, os conselheiros do Coxa precisaram votar para legitimar as eleições. Além do G-9, que se elegeu com 96 votos (75 para a chapa “Sempre Coritiba’ e 21 brancos e nulos), o conselho deliberativo teve 104 votos (83 no conselho e 21 brancos e nulos).
Entre os que compareceram apenas para votar em branco, como forma de protesto, estava o advogado Domingos Moro. Ele comparou o grupo de Cirino a um adestrador desastrado, que acaba sendo esmagado por um elefante.
