O cargo do técnico Ivo Wortmann está por um fio, se é que neste momento o Coritiba já não esteja procurando um novo nome para comandar a equipe daqui para frente.

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Sem sentir o devido respaldo na alta cúpula alviverde, o treinador ainda viu e ouviu em coro os mais de oito mil pagantes pedirem para ele deixar o clube. Como já era esperado, a galera também pediu a contratação de René Simões, que está na Suíça participando de um congresso da Fifa e disse não ter sido procurado. Hoje, a direção se encontra para reunião ordinária e aproveita para analisar a crise que se abateu sobre o Alto da Glória.

“Na hora difícil é que a gente precisa de apoio. Já passei por uma situação dessas no Coritiba, fui apoiado, acreditaram no meu trabalho e a coisa fluiu. É muito prático dar o apoio internamente, mas o importante é o aspecto externo, porque isso de uma forma ou outra repercute. Existe especulação quando não há apoio oficial”, apontou Ivo.

Essa situação citada por ele aconteceu em 2001, quando o time vivia uma turbulência, mas venceu o Nacional-AM pela Copa do Brasil e o então presidente Chico Araújo (atualmente no G9) avisou a todos no clube que não haveria mudança no comando da equipe.

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Ontem, no entanto, esse apoio parece que faltou na sala de imprensa. “Aqueles clubes que mantiveram os treinadores, acreditaram com convicção, são os clubes que chegaram na ponta. O Celso Roth está vivendo uma situação cem vezes pior que a que eu estou vivendo hoje e a direção mantém por convicção”, comparou. Apesar de ter deixado bem claro o que está acontecendo, Ivo passou a bola para a diretoria.

“Eu vim para cá para fazer um trabalho. Quem tem que responder a essa pergunta e explicar por que normalmente tem a presença de um diretor aqui e hoje (ontem) não, não sou eu”, desabafou.

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Quem estaria ali normalmente seria o diretor de futebol Homero Halila, que está nos Estados Unidos em viagem particular. A outra pessoa vinculada ao futebol e remunerada é Paulo Jamelli.

No entanto, pela fúria da torcida e por ter também a cabeça pedida nas arquibancadas, preferiu ir somente ao vestiário e evitou falar com a imprensa. Já o presidente Jair Cirino dos Santos assistiu ao jogo do camarote e foi embora.

Ele não tem o costume de descer até o vestiário após os jogos. Nenhum deles foi encontrado por telefone. Já René, pedido pela galera, está na Suíça e aberto a negociações.