Além de ser peça fundamental no início da carreira do meio-campo Alex, Sisico é um dos grandes admiradores do craque dentro e fora das quatro linhas. Acir Cortes, ou Mestre Sisico, como é chamado carinhosamente por todos no clube, não esconde a felicidade de ter reencontrado o camisa 10 alviverde na sua volta ao futebol brasileiro e confidenciou que considera o menino de ouro do Alto da Glória como seu filho, não de sangue, mas de coração, por tudo que os dois já passaram, tanto dentro, quanto fora de campo.
“Eu tenho dois filhos e um morreu no ano passado. Mas eu sempre falo que eu continuei com dois, pois considero o Alex o meu filho. Eu evito até de estar em contato com ele, conversando, pois posso atrapalhar. Ele que vem me procurar. Se ele chega no Couto Pereira e tem mais de cem lugares, ele senta do meu lado, me abraça. Isso é carinho e é o que o meu filho fazia comigo antes. Ele continua fazendo isso por mim e tenho ele como meu filho. Isso é uma coisa que pouca gente sabe, mas a nossa relação é desse jeito”, emocionou-se Sisico.
Além de todo o carinho na relação de Alex e Sisico, o craque alviverde tem uma gratidão muito grande por tudo que o profissional fez por ele no início da sua carreira. Em fevereiro deste ano, quando o camisa 10 completou 1000 jogos oficiais, Alex escolheu Sisico para ser o responsável pela entrega da placa de homenagem pela marca histórica. Este reconhecimento e gratidão, Acir Cortês afirmou que não esquecerá jamais.
“O reencontro com o Alex foi ótimo. Ele quando me vê todo dia me dá um abraço. Ele sempre me pergunta se eu preciso de alguma coisa e quando precisei ele me ajudou muito no tratamento do meu filho que acabou falecendo no ano passado. É uma atitude gratificante e que me enche de alegria. Todo mundo deve achar que eu entro por uma porta e ele sai pela dos fundos, mas não é isso que acontece. É um carinho mútuo que nós temos um pelo outro”, disse Sisico.
Além de ser importante na formação de Alex dentro de campo, Sisico, funcionário do Coritiba há quatro décadas, acredita que o seu modo de tratar os jogadores mais jovens, as vezes até mesmo como um segundo pai, faz com que ele seja tão respeitado pelos atletas, principalmente por jogadores que já são destaques no futebol mundial e sempre quando visitam o clube fazem questão de reencontrar o Mestre Sisico.
“Ficamos quatro anos com o jogador e tentamos que o aproveitamento dele seja o melhor possível. O Alex foi assim. Ele era canhoto e fiz ele aprimorar suas batidas com a perna direita. Então, ele saiu do Coritiba pronto, batendo com eficiência com as duas pernas, cabeceando bem e sendo um jogador extremamente inteligente. A ida para o Palmeiras naquela época foi um marco”, relembrou Sisico.
