Sem acordo

Guerra e Medina deixam o Coxa por discórdias na direção

As saídas do vice-presidente Ricardo Guerra, e do CEO João Paulo Medina aconteceram há mais de uma semana, mas continuam gerando discussões. Quatro frentes envolvidas se manifestaram através de cartas de pronunciamento, mostrando claramente que a direção não falava a mesma língua no dia a dia.

Prometendo um discurso da modernidade e da nova gestão técnica e administrativa, a cúpula coxa-branca sucumbiu e voltou aos velhos hábitos. As derrotas nas finais do Campeonato Paranaense para o Operário fizeram com que o planejamento mudasse. Essa é a visão de Medina, por exemplo, que acredita que faltou ampla autonomia e firme apoio político e administrativo de seus dirigentes estatutários e conselhos competentes do clube.

“Fiquei surpreso com as reações internas do clube após as finais do Estadual. A convicção em relação àquilo que estávamos fazendo na implantação de um novo modelo de gestão técnica se revelou mais frágil do que imaginava. Embora reconheça a importância (de resultado a curto prazo) dentro da nossa cultura imediatista, infelizmente isso tem provocado um círculo vicioso de trocas constantes de convicções e que, sem dúvida, tem contribuído para levar o futebol brasileiro à situação de crise que se encontra hoje”, analisou.

Motivos

Já Guerra enumerou três motivos principais de sua renúncia do G5 alviverde: a tão propagada transparência, a auditoria (que sequer recebeu informações) e a estruturação do clube visando o futuro não ocorreram.

Coxa tentou se explicar

No mesmo dia da carta dos dois que saíram, o vice-presidente André Macias também se manifestou da mesma forma e falou que considera totalmente certo afirmar que um time de futebol deve ser administrado como empresa. “É muito mais complexa, porque implica a responsabilidade e o respeito para com a emoção e o sentimento dos milhares de torcedores, o que demanda dos gerentes mais do que capacitação técnica”, alertou.

Por fim, o presidente Rogério Bacellar abriu perguntas aos torcedores e, em um vídeo de 27 minutos postado no site oficial, garantiu que o G5 nunca esteve rachado e que o projeto proposto pelos antigos parceiros continuará sendo cumprido com o substituto Maurício Andrade, indicado pelo próprio Medina.

Saudosismo! Leia mais do Coxa na coluna do Massa!

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