O gol de Alex, aos 46 do segundo tempo, não só salvou o Coritiba de mais uma derrota em casa como também, de certa forma, amenizou a situação do técnico Marquinhos Santos. Apesar de o presidente Vilson Ribeiro de Andrade já vir há algumas rodadas defendendo a permanência do treinador, a pressão vinda das arquibancadas é muito grande em cima do comandante da equipe. No empate por 2 x 2 contra o Bahia, Marquinhos foi alvo de vaias e muita reclamação por parte dos torcedores.
Começou logo após o primeiro gol dos baianos, quando o técnico tirou Diogo Goiano para colocar Raul Ibérbia. Os gritos de ‘burro’ e aplausos irônicos tomaram conta de quase todo o estádio. A justificativa do treinador é de que o titular estava muito nervoso em campo. Quando o placar chegou a 2 x 0, as críticas foram ainda maiores. Os aplausos só retornaram após o primeiro gol e, principalmente, depois do empate. ‘Temos que ressaltar o incentivo da torcida atrás do gol, que apoiou o tempo todo. Diferente da torcida atrás do banco, não generalizando, que acaba torcendo contra o time’, amenizou o treinador.
No entanto, se nas arquibancadas a bronca com Marquinhos é grande, dentro do elenco a confiança e o apoio são totais. Logo após a saída do gramado, os jogadores fizeram questão de ressaltar o trabalho do comandante e assumiram uma parcela de culpa. ‘O Marquinhos é o menos culpado. Enquanto o futebol seguir com essa maratona de jogos, o técnico não pode fazer nada. Ele não tem tempo para treinar’, disse Alex.
Gil endossou: ‘O Marquinhos vem fazendo um bom trabalho e a culpa é de nós, jogadores. Ele pede para fazermos as coisas, mas por uma situação ou outra acabamos não fazendo e depois temos que nos recuperar’.
Apesar dessa confiança, tanto da diretoria quanto do elenco, Marquinhos Santos admitiu que o mau momento do Coxa vem tirando seu sono. ‘Eu tenho dormido menos, trabalhado mais, mas acreditando sempre. Eu procuro fazer o meu melhor e é isso que me dá segurança de que a equipe vai render e melhorar’, garantiu.