O futebol paranaense nunca terminou o 1.º turno do Campeonato Brasileiro em uma classificação tão boa quanto este ano. O 4.º lugar do Atlético e o 7.º do Coritiba superaram a marca de 2003, quando o próprio Coxa, em 4.º, e o Paraná, em 8.º, fecharam a primeira metade da principal competição do país bem posicionados. Mais do que isso, a dupla Atletiba alcançou números expressivos nessas 19 rodadas.
O Furacão conseguiu uma arrancada de 12 jogos sem perder – a maior invencibilidade da competição neste ano -, pulando do 19.º lugar para o 4.º, com direito a uma rodada na vice-liderança. Além disso, tem o artilheiro do Brasileirão, o atacante Éderson, com 12 gols, e o segundo melhor ataque, com 34 gols assinalados.
Já o Coxa, que pela primeira vez na era dos pontos corridos chegou à liderança, onde permaneceu por três rodadas, tem um dos principais destaques do torneio: o meio-campista Alex, que já marcou 9 gols. Sem falar na invencibilidade de dez partidas, com cinco vitórias e cinco empates, sua maior marca na história do Brasileirão.
O primeiro turno terminou domingo, apesar de ainda faltarem três partidas para complementar a fase: Atlético-MG x Ponte Preta (8.ª rodada), Internacional x Santos (10.ª rodada) e Santos x Náutico (11.ª rodada), que foram adiados. Acompanhe o balanço.
Melhor ataque
Melhor time do Brasileirão, o Cruzeiro é também o mais efetivo. A Raposa marcou nada menos do que 42 gols, o que dá uma média de 2,2 gols por jogo. Um fato curioso é que a equipe não conta com um matador. O artilheiro cruzeirense é Ricardo Goulart, com 6 gols.
Melhor defesa
Um dos times que mais empatou no 1.º turno (9, ao lado do Internacional) o Corinthians deve essa marca à sua defesa, vazada apenas oito vezes. O número compensa a inoperância do ataque, que balançou as redes adversárias em 19 oprtunidades.
Gols
Apesar de ter menos gols marcados que na Série B, o Brasileirão não deixa a desejar quando o assunto é bola na rede. Em 187 jogos, foram 472 gols marcados (média de 2,52).
Mandante x visitante
O aproveitamento dos times que jogam em casa é bem superior em relação aos visitantes, com nada menos que o dobro de vitórias. Enquanto os mandantes venceram 86 confrontos, as equipes de fora somam apenas 43 triunfos, além de 58 empates. Invicto no Mineirão, o Cruzeiro é o melhor mandante, com 8 vitórias e apenas dois empates. Já o que mais apanhou na frente da sua torcida foi o Náutico, com uma vitória, dois empates e seis derrotas.
Time-sensação
O que mais chamou a atenção neste 1.º turno foi o Atlético. Justamente por conta da sua recuperação. Invicto há 12 partidas, com 8 vitórias e 4 empates, o Furacão disparou do 19.º lugar, na 7.ª rodada, quando perdeu pela última vez, no Atletiba, terminando o turno na quarta colocação. Além disso, o Rubro-Negro é dono do segundo melhor ataque, com 34 gols marcados – 12 do artilheiro Éderson.
Revelação
Apesar de já ter deixado o Brasil e ter se tranferido para o CSKA Moscow, da Rússia, o atacante Vitinho foi a grande revelação deste primeiro turno. Com apenas 19 anos, o jogador, até então do Botafogo, se tornou titular rapidamente, com direito a belos gols. Tanto que chamou a atenção dos russos, que o compraram por R$ 31,6 milhões.
Média de público
Por conta dos jogos em Brasília, que atraíram vários torcedores nos primeiros jogos, a média de público do Brasileirão este ano subiu bastante. Ainda assim, o Corinthians é o que leva mais pessoas ao estádio. Com 29.089 torcedores por jogo, a melhor média do 1.º turno é do clube paulista, seguido por Flamengo (24.973), Cruzeiro (21.374), Grêmio (21.010) e São Paulo (18.460). O Coritiba vem em 7.º, com 16.098 torcedores por jogo, enquanto o Atlético é apenas o 17.º,, com uma média de 8.605.
Ocupação
Por outro lado, se levar em consideração a ocupação dos estádios, o Furacão tem a 5.ª melhor média, com 46% do estádio ocupado. Logo atrás vem o Coxa, com 43% do Couto ocupado. Neste quesito, o Corinthians também lidera, com 72% do Pacaembu lotado, seguido por Internacional (67%), Criciúma (57%) e Cruzeiro (50%).
Artilheiro
De reserva a artilheiro do Brasileirão. Este foi o caminho de Éderson no campeonato. Titular em 13 partidas, sendo apenas seis na era Mancini, o camisa 77 atleticano se tornou ponto de referência da equipe e já marcou 12 gols na competição, assumindo a artilharia de maneira isolada.
Dança dos técnicos
Com a queda de Paulo Autuori, ontem, dando lugar a Muricy Ramalho, já são 21 trocas de treinadores, incluindo interinos e efetivos. Apenas oito clubes não trocaram de técnico no 1.º turno: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Goiás e Internacional. O campeão de trocas é o Náutico, com nada menos do que cinco mudanças.
