Gols bonitos e decisivos, e que têm ajudado o Coritiba a se manter entre os primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, tornaram o meio-campo Alex, 35 anos, unanimidade nacional. Ontem, no dia seguinte ao empate por 2 x 2 contra o Santos – resultado que manteve o Coxa como o único invicto da competição -, o camisa 10 do Alviverde foi exaltado de norte a sul no país. Até o técnico do peixe não poupou elogios. “É o melhor jogador em atividade no Brasil, após as saídas de Neymar e Paulinho. Sempre acha um espaço vazio para jogar”, declarou Claudinei Oliveira.
Os números provam que Alex está com tudo em 2013. Ele detém nesta temporada a maior média de gols por partida em toda a sua vitoriosa carreira. Foram 20 em 28 jogos, com média de 0,71 gols. Supera, inclusive, seus melhores anos de Fenerbahçe (Turquia) e a badalada temporada de 2003 pelo Cruzeiro. O jogador também é o goleador do Coritiba na competição, com 4 gols, e promete buscar a artilharia. “Vamos atrás. As coisas estão acontecendo bem e tenho que aproveitar. Seguir trabalhando e manter este nível de concentração nos jogos para que a média de gols possa ser mantida ou até mesmo aumentar”, afirmou.
Sem o futebol de alto nível de Alex, fatalmente o Coxa não estaria onde está na classificação. Os gols do jogador foram responsáveis diretos para que o clube somasse quatro pontos a mais. Na 4.ª rodada, contra o Fluminense, o time empatava por 1 x 1 e nos minutos finais o meio-campista acertou um petardo de fora da área e sacramentou a vitória. Foi o gol 400 de Alex. Depois, contra o Flamengo, quando o Alviverde perdia por 2 x 1, Alex foi lá e garantiu um ponto a mais com o 2 x 2. O mesmo aconteceu domingo, diante do Santos.
Alex explica que o planejamento do Coritiba este ano não é diferente do aplicado no Cruzeiro, em 2003. “Naquele ano, o planejamento do Cruzeiro era conquistar em casa a maioria de seus pontos e beliscar alguns fora. A gente conseguiu. O planejamento aqui no Coritiba não é diferente. A gente está trabalhando com minimetas, dividindo o campeonato em várias partes, e está acontecendo. Temos que manter essa regularidade. Aí sim teremos condição de nos sustentar sempre na frente”, analisa.
Mesmo assim, como tudo dando certo, ele rechaça o título de melhor jogador em atividade no país. “Tem vários na minha frente, e não tenho muita preocupação em relação a isso. Não tenho mais a dinâmica de antes, isso é normal e já era esperado. Agora, eu estou trabalhando sempre para ser decisivo. Nas partidas em que eu tenho tido oportunidades, ou com passe ou com gols, as coisas estão acontecendo. Acredito que ainda possa melhorar”, finaliza.
