O ex-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, não poupou críticas ao atual mandatário do clube, Samir Namur. No clube entre 2010 e 2014, sendo presidente nas últimas três temporadas, o ex-dirigente acusou o atual presidente de omisso ou enganador, por culpar as antigas diretorias pelos problemas atuais.
- Mulheres ganham força na política do Coritiba
- O incrível caso do jogador que nunca estreia pelo Coxa
“Ele foi candidato e veio com discurso que era a salvação, que era o Coritiba do Futuro (nome da chapa de Namur). Mas ele sabia de toda a situação financeira e agora vem acusar as diretorias anteriores que a dificuldade que ele está passando é porque não sabia. Então ou ele é omisso ou quer nos enganar”, disparou Andrade, em entrevista à Rádio Transamérica, na última quarta-feira (1).
Segundo ele, Namur conhecia todos problemas financeiros do Coxa quando foi candidato e que apenas reclamar não resolvem os problemas. “Eu paguei 46 milhões de dívidas trabalhistas e nunca reclamei de nada. O presidente atual não pode falar absolutamente nada. Primeiro que ele foi presidente do Conselho Deliberativo durante três anos na gestão Bacellar. Segundo, que o atual vice-presidente dele, o Paulo Baggio, era presidente do Conselho Fiscal”, afirmou o ex-presidente, que também defendeu Rogério Bacellar, último mandatário do clube, entre 2015 e 2017.
“Eu não tenho procuração para defender o Bacellar. Mas acho uma injustiça as críticas ao Bacellar. Eu não admito que esse pessoal venha agora falar e chorar o passado. Se for assim, temos que condenar o coitado do Couto Pereira que foi o primeiro presidente do clube. O presidente tem que parar com essa mania de ficar chorando. Presidente tem que trabalhar”, argumentou Andrade, que também se defendeu em relação à sua passagem pelo Alviverde.
“Foi o que eu fiz durante a minha vida toda. Eu trabalhei durante cinco anos a favor do clube. Nunca fiz um comentário a respeito de ninguém. Eu desafio quem prove que não fizemos um trabalho decente dentro do Coritiba. Compramos Centro de Treinamento, melhoramos o nível do estádio”, completou.
Dívida com a Pro Tork
Vilson Ribeiro de Andrade também retrucou as declarações sobre a dívida do setor Pro Tork no estádio Couto Pereira. Segundo Namur declarou recentemente, o Coritiba ainda precisa pagar R$ 35 milhões, sendo R$ 17 milhões de juros futuros. O custo total da obra, inaugurada em 2014, foi de R$ 16 milhões.
“Quando a obra foi entregue deixamos R$ 8 milhões de patrocínio da camisa da Pro Tork como forma de pagamento desses R$ 16 milhões. Então só ficou 50% do valor para pagar porque o resto já estava garantido. Resultado: não pagaram um tostão durante três anos e meio”, rebateu Andrade.
Confira a classificação completa da Série B
“Nós tínhamos mais de 400 infiltrações e a Defesa Civil solicitou que fizemos a reformulação daquele setor do estádio sob pena de intervenção. Essa é uma obra que em 40 anos que ninguém teve coragem de fazer. E tivemos que fazer por uma imposição legal. Se não fizéssemos, o estádio seria interditado ou parcialmente interditado”, concluiu.
Briga com Alex
Por fim, Andrade falou sobre as desavenças com o ex-meia Alex, que na época em jogava no Coritiba sob o comando do ex-presidente, protestou com faixas contra o atraso de salário. Alex também apoiou Bacellar, que ganhou a eleição no final de 2014 sobre o próprio Vilson.
“Nós temos sérias divergências, mas não pessoais. São divergências a respeito de postura. Ele não me aceitava como presidente em algumas coisas. Eu sou uma pessoa extremamente correta com as minhas coisas. Se tenho algo com alguém, vou e falo nos olhos. Não dou recado por rádio, televisão ou jornal. Mas eu respeito as nossas diferenças e tenho certeza que ele também respeita”, finalizou Vilson.
+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do trio de ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!