Quando o Coritiba atravessava um dos seus piores momentos no Campeonato Brasileiro, a proposta do então técnico Ney Franco foi apostar em velhos conhecidos para resolver a parada. Foi assim que chegaram jogadores como o goleiro Wilson, o lateral-esquerdo/meia Juan e o atacante Henrique Almeida. Todos eles estavam encostados em seus ex-clubes e chegavam sob olhares de desconfiança da torcida, principalmente Henrique, que não vinha de bons trabalhos. Mas a volta por cima da carreira do atleta e do Coxa ao longo do Brasileirão se confundem.

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O atacante de 24 anos havia trabalhado com Ney na seleção brasileira sub-20, em 2011, no ano que havia sido o melhor da carreira do jogador, que foi o melhor jogador e o artilheiro da Copa do Mundo da categoria, com cinco gols. Mas, de lá para cá, nunca havia se firmado em nenhum time, sempre rodando de uma equipe para outra.

Passou por São Paulo, Vitória, Granada-ESP, Sport, Bahia e Botafogo, sempre amargando a reserva em jejum de gols. Mas como apostar em alguém que havia marcado no máximo quatro gols em um ano por um clube para ser o centroavante coxa-branca? Essa foi a maior missão de Henrique Almeida, que não demorou muito para começar a mudar o rumo na carreira.

Logo no seu segundo jogo pelo Alviverde, marcou os dois gols da vitória por 2×1 sobre o Palmeiras, no primeiro turno, e a partir daí virou peça fundamental na recuperação do Coritiba. Inclusive, foram deles os gols que garantiram também os triunfos sobre Chapecoense, Avaí e Santos, além de um empate com o Fluminense.

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Virada

De repente, aquele atacante que não fazia muitos gols, marcou 12 no Brasileirão, em apenas 20 partidas, ficando atrás somente de Ricardo Oliveira (20), Vágner Love (14) e André, Jadson e Lucas Pratto (13). Mas a média de 0,6 gol por jogo só o deixou atrás de Ricardo Oliveira, com 0,62.

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O alto número de gols do camisa 91 coxa-branca está refletido nas tentativas de balançar as redes. No total, Henrique Almeida tentou 30 chutes a gol, sendo o maior finalizador do Coxa e o 11º do Campeonato Brasileiro. Sem medo de errar, ele fez gols de todos os jeitos, tanto de dentro como de fora da área.

Assim, o atacante retomou a carreira e, se por um lado ajudou o Coritiba, por outro, dificilmente seguirá no Alto da Glória em 2016. Emprestado pelo Botafogo, Henrique já chamou a atenção de outros clubes, como o Cruzeiro. Apesar da vontade do atleta de continuar em Curitiba, a valorização pode inviabilizar a sequência dele no Coxa.