É bem possível que muitos torcedores do Coritiba deixaram para lá o jogo do sábado (2) com o Fluminense, em Volta Redonda. No estádio mesmo havia pouca gente, menos de mil pessoas pagaram ingresso, e a rigor só se ouvia pelo som ambiente da transmissão de TV um torcedor alviverde gritando o tempo todo. Quem não viu, pode acreditar que não perdeu nada. Uma das partidas mais fracas da temporada só poderia acabar 0x0, com o Coxa mantendo sua sina de não vencer fora de casa. Em doze pontos disputados longe do Couto Pereira, foram conquistados apenas dois, num aproveitamento de 16,7%.
Os dois times não fizeram por onde vencer a partida. O Fluminense até tentou mais, só que é um time tremendamente enfraquecido após a saída de Fred – a responsabilidade ficou inteira em cima do menino Gustavo Scarpa, que sentiu a bronca (além de ter se decepcionado por não ter sido convocado para a seleção olímpica) e caiu de produção. Dois destaques do time carioca foram justamente dois ex-jogadores do Coritiba, o zagueiro Henrique e o meia Dudu.
Eles tiveram as melhores chances da etapa inicial. Henrique em uma cabeçada, após escanteio cobrado por Scarpa. A bola acabou acertando o travessão, para sorte de Wilson, que estava batido. E minutos depois o goleiro não contou com a sorte e sim com sua tremenda competência, porque Dudu acertou uma bomba de dentro da área, um sem-pulo que o camisa 84 do Coxa defendeu sabe-se lá como. Tirando isso e uma ou outra jogada tramada, o Fluminense nada fez. Mesmo dominando, não merecia ganhar.
E o Coritiba? Teve muitas dificuldades no primeiro tempo. Não marcava tão bem como em partidas anteriores, dava espaço para os laterais do Flu, mas não era muito importunado. O trabalho ofensivo foi prejudicado pelas más atuações de João Paulo, Fábio Braga, Felipe Amorim e Leandro – não à toa os três últimos foram substituídos por Pachequinho a partir do intervalo. E por incrível que pareça, a única conclusão alviverde a gol no primeiro tempo foi justamente num passe de Felipe para Leandro, mas Diego Cavalieri apareceu bem.
Com Vinícius e Alan Santos, o Cori se acertou. O sistema de marcação funcionou, Luccas Claro cresceu no jogo e Carlinhos e Dodô tinham mais tranquilidade. Mas jogada de perigo, que é bom, nada. “Faltou a gente pressionar um pouco mais”, admitiu o atacante Kléber. E se fizesse isso, talvez pudesse vencer. Sem fazer, teve o gol praticamente feito numa arrancada de Luccas, que rolou na área para o Gladiador, que chutou para fora.
O resultado não mudou em nada a situação do Coritiba, encravado entre os piores times do Brasileirão. A expectativa de Pachequinho é que com uma semana de treinos – e de descanso depois de uma maratona de partidas nos meios e nos finais de semana -, o Coxa consiga no próximo sábado (9) contra o Botafogo evoluir principalmente no ataque e seguir na série sem derrotas, que chegou a quatro jogos. “Agora temos uma semana cheia para trabalhar, isto vai ser fundamental. Jogaremos em casa, esperamos um bom jogo”, disse o treinador. A torcida também espera.
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