O sistema defensivo do Coritiba ganha novas formas na intertemporada que acontece em Foz do Iguaçu. Pelos treinamentos que o técnico Marquinhos Santos comanda nas três fronteiras, tudo leva a crer que a volta de Emerson ao time titular é apenas questão de tempo. Já contra o Flamengo, no dia 6 de julho, o jogador deverá estar em campo. É o treinador quem dá a letra. “O Emerson encontra-se bem. Ele está trabalhando forte e tem suportado o ritmo forte de trabalho. Acredito que para o jogo contra o Flamengo ele já apresente condições de estar presente. Se não iniciar, ao menos entrará no decorrer da partida”, afirmou.
Os poucos dias que separam a volta do camisa 3 aos gramados, depois de praticamente um ano, são mera formalidade para o jogador, que passou por um período conturbado na carreira. Em partida válida pela Copa Sulamericana, disputada em 31 de julho do ano passado, contra o Grêmio, Emerson fraturou um pequeno osso do pé direito. De lá para cá, passou por cirurgia e seguiu em tratamento. “É pagina virada. Jogador de futebol depende do corpo para jogar. Então, ficar parado para um atleta profissional é muito ruim. Foram meses de recuperação, mas acredito que tudo tem um propósito e o aprendizado que fica é que a gente precisa ter paciência. Isso vai servir para o resto da minha carreira”, disse.
O retorno de Emerson ao time titular não pode ser considerado surpresa, já que o jogador só deixou a equipe em decorrência de lesão. Totalmente reintegrado ao grupo e ao ritmo de treinamentos, o xerife aprimora a parte física e, em virtude do tempo em que ficou inativo, concentra-se na parte técnica. A cada atividade comandada por Marquinhos Santos, Emerson dá mostras que vai, ao lado de Leandro Almeida – atualmente o único zagueiro absoluto na cozinha Coxa – formar o miolo de zaga alviverde. No entanto, antes da primeira partida oficial, contra o Flamengo, o jogador deverá ser testado nos amistosos que o clube planejou para essa semana – Taubaté (quinta-feira) ou Figueirense (no sábado). “Venho treinando há bastante tempo. A gente fazia alguns coletivos, mas jogo é diferente. Vamos ver nesses amistosos. O que me preocupava era voltar a treinar e sentir, mas não estou. Sem dores dá para treinar, e buscar ritmo de jogo para ajudar o grupo”, afirma.
Para Leandro Almeida, a cozinha está arrumada. Com apenas três gols sofridos em cinco jogos, o Alviverde tem, ao lado de Corinthians e São Paulo, a defesa menos vazada do Campeonato Brasileiro. A possibilidade de contar com Emerson, para o defensor, além de acirrar a disputa por posições qualifica ainda mais o time. “Será uma briga sadia”, disse.