Pachequinho vive sua segunda experiência como técnico interino do Coritiba. Em 2015, foi o comandante da arrancada que tirou a equipe da zona de rebaixamento. Em 2016, conseguiu o mesmo feito, mas ainda no primeiro turno, e sofre com a instabilidade do ataque. O aproveitamento do ano passado é melhor que nesse ano, mas na soma o resultado é bastante positivo – 50% dos pontos disputados, superior aos 35,71% deste Brasileirão e aos 38,6% do ano anterior.
O que mostra que o interino fez o rendimento alviverde subir nos dois campeonatos. Quando encarou a fogueira de substituir Ney Franco após o empate no Couto Pereira com o Figueirense, Pachequinho estreou com derrota para o campeão Corinthians em São Paulo, mas depois engatou quatro jogos de invencibilidade. Somou dois terços dos pontos possíveis e tirou o Coxa do 17º lugar de quando assumiu para terminar o Brasileiro na 15ª posição.
Neste ano, o resultado não é tão bom, mas é melhor que o Gilson Kleina deixou de ‘herança’. Quando o ex-treinador foi demitido, após a derrota para a Chapecoense na quinta rodada, o Cori estava no mesmo 17º lugar de 2015, com apenas quatro pontos. Com Pacheco, que também estreou perdendo para o Timão em Itaquera, o Coxa passou para o 16º lugar, somando 11 pontos de 27 possíveis. Saldo positivo nos dois anos, portanto.
Mas o grande destaque do trabalho do interino nos dois Brasileiros é a melhora do sistema defensivo. Em 2015, foram três gols sofridos em dois jogos, e depois uma série de três partidas sem sofrer um gol. Este ano, a luta foi maior: o Coxa sofreu oito gols nos quatro primeiros jogos da “era Pacheco”, mas apenas um nas últimas cinco rodadas, sendo que há quatro jogos Wilson não vai buscar nenhuma bola nas redes. Com isso, dos 14 jogos em que Pachequinho comandou o Coritiba, em sete a equipe passou invicta.
Isso faz o saldo dele ser de 50% – com cinco vitórias, seis empates e três derrotas (Corinthians duas vezes e América-MG). Número que Ney Franco não atingiu, e que Gilson Kleina superou por pouco (52,4%), mas contando com o Campeonato Paranaense. Nos números, Pacheco está merecendo a efetivação no Coritiba.
