A semana de trabalho do Coritiba tem sido marcada por muita conversa e visitas de diversas lideranças do clube. Durante a preparação da equipe para a partida decisiva de domingo, contra o Internacional, o elenco já havia sido veementemente cobrado pelo presidente Vilson Ribeiro de Andrade. Ontem, no CT da Graciosa, foi a vez de os conselheiros irem conversar com os jogadores.
Cerca de 15 integrantes do conselho deliberativo acompanharam por cerca de meia hora o trabalho comandado pelo técnico interino Tcheco e, em seguida, paralisaram a atividade para um breve bate-papo. Omar Akel, presidente do conselho, pediu a palavra e mediou o breve diálogo, dentro do gramado. ‘Viemos trazer o apoio e o estímulo do conselho deliberativo do clube, mostrando que por trás de toda a estrutura existe um grupo que representa milhares de torcedores no acompanhamento das coisas do Coritiba. Eles (jogadores e comissão técnica) não estão sozinhos, representam essa nação toda, e têm que dar um algo a mais. Só depende deles’, afirmou.
Apesar de o trabalho realizado pelo conselho ser publicamente menos notado pelos lados do Alto da Glória, Akel ressaltou que a atuação do grupo que comanda é constante. ‘O nosso conselho tem sido muito atuante esse tempo todo, acompanhando, nos bons e maus momentos, o desempenho do clube. Confiamos na honradez, na competência e na capacidade dos nossos atletas, no carisma do Tcheco, na sua visão de futebol e na expectativa de que os jogadores honrem as nossas cores. Nada está perdido. Vitórias e derrotas são do contingente do esporte, mas dependem fundamentalmente do desempenho de cada um’, completou.
Desta vez o presidente Vilson Ribeiro de Andrade não acompanhou a comitiva – o conselho administrativo esteve representado na tarde de ontem pelo vice-presidente Paulo Thomaz de Aquino. No entanto, já havia deixado seu recado ao grupo, e de uma maneira bem mais direta. Segunda-feira passada, durante a reapresentação do elenco após a derrota em casa para o Criciúma (2 x 1) o dirigente alviverde teceu duras críticas aos jogadores. ‘É ganhar duas partidas, de três que restam. Não tem outro caminho. Agora, eles (jogadores) têm a oportunidade de mostrar para a torcida, e a todos, que têm vergonha na cara, que são jogadores e que o talento os trouxe aqui para alcançar objetivos. É isso que espero: dedicação total deles, pois tudo que a diretoria podia fazer a diretoria fez para eles’, desabafou.
O lateral-direito Victor Ferraz revela que o grupo absorveu bem as cobranças. De acordo com o jogador, o foco é trazer pontos da partida contra o Internacional e torcer para deixar a zona de rebaixamento. ‘Eles deram o apoio para a gente. Vieram aqui para dizer que estão conosco, que vão nos abraçar e incentivar. Assim como nosso torcedor tem feito. A gente vai para Caxias (do Sul) com o pensamento bem forte em corresponder e sair o mais rápido dessa situação’, garante o jogador.