O atacante Iago foi eleito pelos sócios do Coritiba como a principal revelação do clube na temporada 2016, o “Coxa Doido” do Brasileirão. Trazido do pequeno Atibaia, da Série A3 do Paulistão, o jogador chegou sob a desconfiança do torcedor, com contrato curto (maio de 2017), mas ganhou espaço no time e na preferência do torcedor.
Coxa e Atibaia já negociam há um bom tempo a ampliação do vínculo do jogador. A ideia é que o Alviverde adquira 50% dos direitos econômicos de Iago e o novo contrato tenha a vigência de quatro anos.
O jogador marcou alguns gols decisivos e bonitos no Brasileirão e na Copa Sul-Americana e teve importância tática no time de Paulo César Carpegiani. A reportagem da Tribuna conversou Iago logo após o término do Brasileirão:
Tribuna do Paraná – A torcida escolheu você a grande revelação do ano. É justo o reconhecimento?
Iago – Fiquei feliz em ganhar um prêmio tão importante internamente no clube. Acho que pelos gols importantes que eu fiz na Sul-Americana e no Brasileiro conquistei um pouco do carinho do torcedor. Eu vi a participação de muitos torcedores nas redes sociais e isso me deixou muito animado, pois o Coritiba é um clube grande e quem joga aqui tem uma responsabilidade grande também.
T – Você chegou como um desconhecido e terminou como um dos principais jogadores. Imaginava isso quando chegou?
I – Eu sempre acreditei no meu potencial, mas algumas vezes você desconfia de que as coisas não vão acontecer logo. Tive ao meu lado pessoas que acreditaram e apostaram em mim, minha família e amigos que me ajudaram muito, além do Coritiba que acreditou que eu podia ajudar. Não digo acho que terminei entre os principais, porque o Coritiba tem grandes jogadores. Mas com trabalho eu pude conquistar meu espaço e foi um momento que mudou minha vida.
T – Foi difícil a adaptação em um clube grande, de Série A?
I – O Coritiba sempre me deu uma estrutura ótima desde o início, então no sentido do trabalho foi tudo mais fácil. A adaptação foi muito rápida porque a gente encontra ótimos lugares para treinos e um estádio lindo. A torcida também é muito apaixonada e você se encanta em poder jogar uma partida com o estádio cheio. Por outro lado eu sabia que a responsabilidade era grande, afinal é um clube que tem história e o torcedor vai sempre querer o melhor. A gente que entra em campo tem essa responsabilidade de fazer o clube ser vencedor.
T – O que você ainda pode fazer pelo Coritiba?
I – Eu tenho que agradecer muito ao torcedor, mas acho que eu posso ajudar mais. Esse ano o clube fez uma programação especifica de treinos pra mim, mas ano que vem, com a possibilidade de iniciar uma pré-temporada, eu acho que posso ajudar mais o time. Acho que independente disso a gente sempre procura melhorar e espero ano que vem poder me consolidar.
T – Quais são seus objetivos de curto prazo, especificamente para o ano que vem?
I – Eu acho que o objetivo de todo o atleta é título e eu penso que meu objetivo pessoal é poder vencer. O Coritiba tem atletas vencedores que passam isso pra gente, da importância de você ser vencedor. Esse ano de uma certa maneira a gente fez história em passar de fase na Sul-Americana, vencer fora do país, lá na Argentina com estádio cheio. Mas a gente pode dar uma conquista para o clube. O Kleber, que é um cara vencedor, fala sobre isso sempre. O Wilson e o próprio Edinho falam que temos que conquistar títulos. Acho que uma grande conquista tem que ser um objetivo do Coritiba para os próximos anos.