Com a missão de levar o Coritiba de novo para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o técnico Eduardo Baptista, anunciado na segunda-feira (16) como novo comandante do Verdão para a disputa da Série B, terá que conviver com a pressão de conquistar melhores resultados daqui em diante na temporada.
O treinador, nos seus trabalhos recentes no Atlético e no Palmeiras, comprovou que tem dificuldade de lidar com críticas e cobranças mais contundentes. Este cenário, por ora, é o que Baptista vai encontrar a frente da equipe alviverde.
Quando assumiu o comando do Palmeiras, no início do ano passado, o técnico já deu mostras de que não aceita ser contrariado. Depois da derrota para o Peñarol por 3×2, pela Libertadores, o treinador, aos berros e dando tapas na mesa, rebateu uma pergunta de um possível racha no elenco do time paulista.
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“Se tem fonte fala! Fala que eu sou maleável, que eu saí de mão dada com o Roger Guedes. E vocês estão falando aqui com um cara sério! Quer questionar a escalação? Quer questionar o meu estilo de jogo? Agora vocês estão atacando o homem! Vocês conhecem a minha família. Eu respeito cada um que vem aqui, os setoristas que vem para o dia a dia. Eu não sou maleável, eu sou um cará sério. E isso é culpa da imprensa! É culpa da imprensa! Se ganhou uma eleição assim nos Estados Unidos, com mentira”, esbravejou, na ocasião, o treinador do Palmeiras.
Uma semana depois desse episódio, Eduardo Baptista foi demitido do Palmeiras e, na sequência, foi contratado pelo Atlético. A missão era substituir Paulo Autuori no cargo, mas o Furacão se manteve instável e ele foi demitido no início de julho. Mas também colecionou polêmicas no Rubro-Negro.
Depois de um jogo, em entrevista coletiva, ao ser questionado por um repórter sobre a situação do Atlético e a sequência de atuações ruins, o treinador acabou respondendo de maneira mais dura. “Não é uma derrota que vai desestabilizar e criar a crise que você está falando. Não tem a crise e o ambiente ruim que você está querendo criar”, respondeu.
Na sequência, o repórter rebateu a crítica de Baptista. “Não citei crise e nem ambiente ruim. Falei do momento do time em campo”, disse. Na sequência, os ânimos se acalmaram e a entrevista seguiu normalmente.
A realidade no Coritiba não é muito diferente. O novo comandante coxa-branca vai encontrar um clube em ebulição, ainda sob os efeitos do rebaixamento do ano passado e que ainda não encontrou sua identidade na temporada de 2018. Foi vice-campeão paranaense, mas sem emplacar boas atuações. Agora, o treinador chega com a missão de dar uma cara de time ao Verdão e de fazer o clube brigar pelo acesso à Série A na disputa da segunda divisão.