Com 203 jogos com a camisa do Coritiba, cinco anos de clube e cinco títulos, o goleiro Edson Bastos vive a incerteza de continuar ou não no clube na próxima temporada. Criticado por falhas na final da Copa do Brasil, e em alguns jogos do Campeonato Brasileiro, ele viu a ascensão do então reserva Vanderlei à condição de titular e agora não sabe se renova ou não o contrato para 2012. A diretoria já fez menção em querer mantê-lo, mas não procurou o jogador. Se sair, ele avisa que sai sem mágoa e de cabeça erguida para seguir a carreira em outro clube.
Paraná Online – Renova o contrato, Edson?
Edson Bastos – Estou esperando a diretoria se pronunciar, até porque estamos em andamento na competição. Temos mais um mês e meio de contrato e espero nos próximos dias definir essa situação.
Paraná Online – Muito se fala que você gostaria de sair para jogar. É verdade?
Bastos – Nunca tive problema algum em ficar no banco. Aceito na maior tranquilidade, procuro trabalhar e buscar o meu espaço, porque tenho uma conduta profissional e sempre respeitei meus companheiros. Então, não vejo problema nenhum, não questionei o treinador e a diretoria em si. Não questionei nada e estou aguardando a diretoria se pronunciar, porque a minha intenção é permanecer. Mas tem a outra parte, e talvez não esteja interessada na permanência.
Paraná Online – Se você for embora, sai magoado?
Bastos – Se não houver o acerto, saio com o sentimento de dever cumprido. Os meus números mostram isso. Fora cinco anos de clube, cinco títulos (Paranaense de 2008/2010/2011 e Série B de 2007/2010) e um vice da Copa do Brasil (2011). Para um atleta que passou cinco anos num clube são números muito importantes e essa trajetória ninguém pode questionar.
Paraná Online – Do atual elenco você é quem mais jogou.
Bastos – Tenho duzentos e poucos jogos, mas futebol é momento. Às vezes, as pessoas julgam um trabalho de cinco anos em função de um jogo, mas estou tranquilo em relação a isso. Se permanecer fico tranquilo num clube que tenho um carinho enorme e se for para sair também saio com o sentimento de que fiz o melhor que pude.
Paraná Online – Sem mágoas?
Bastos – De forma alguma. O clube tem o total direito de escolher o atleta que deve permanecer ou não e falo isso porque estou cinco anos no clube. A troca é constante e sempre vai acontecer. Da mesma forma que hoje sou criticado, tenho essa desconfiança, amanhã o Vanderlei pode ser assim. A gente está no meio do futebol e tem que aprender a conviver com isso.