Sim, estamos juntos com o Coritiba na luta pra fugir do rebaixamento. Assim como na semana passada manifestamos nosso apoio ao Paraná Clube, ao lado do Tricolor na luta pelo acesso, vamos nessa caminhada ao lado do Coxa. Não há nem como mesurar o impacto de uma queda para o clube e principalmente para o futebol paranaense. E é pensando no futebol paranaense que abrimos essa nova frente de batalha.
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Para qualquer um que vive do esporte, estar na elite é desejado. No futebol, além de desejo, é quase uma necessidade. Afinal, a mudança de patamar de investimento da Série A para a Série B é espantosa. Pouquíssimos clubes podem dizer que não sentiram o impacto financeiro de um rebaixamento – a rigor, apenas o Corinthians saiu “limpo”, porque é uma marca gigante. Mesmo o Internacional, que vemos agora lotando os estádios na Segundona, sofreu e muito neste ano, e precisou gastar mais do que ganhou em 2017 para reforçar o time.
Para o Coritiba, assim como foi para o Atlético em 2012 e vem sendo para o Paraná Clube nos últimos anos, estar na Série B não só derruba os investimentos, como provoca queda sensível na receita e uma desmobilização nos torcedores. Dentro deste cenário, ser rebaixado é um pesadelo que não necessita ser vivido na realidade. A história de que “você cai e volta mais forte” é apenas isso, história.
Por isso, a Tribuna – como veículo, como posição editorial – não quer ver o Coxa na Segundona. Espera que em 2018 o clube esteja na elite do nosso futebol, ao lado do Furacão e do Tricolor. Como já escrevemos na semana passada, muitos dos melhores momentos do Trio de Ferro aconteceram quando os três estavam juntos na primeira divisão, concorrendo entre si e entre os melhores do País. Quando o Cori foi à Libertadores pela última vez, em 2003, estavam na mesma Série A seus dois rivais – e todos na parte de cima da tabela (Coritiba em quinto, Paraná em 10º e Atlético em 12º num campeonato com 24 equipes).
Claro que não é um apoio que vai resolver o problema alviverde. O clube vive um período em que erros se sucedem, em que o futebol é negligenciado, em que as avaliações são erradas, em que ideias que poderiam ser adiadas por um tempo seguem sendo batidas (falar em novo estádio é natural, mas não seria mais prudente deixar para depois do Campeonato Brasileiro? E também depois da eleição de dezembro?). Rever uma série de decisões seria o mínimo que se esperaria de quem comanda o Coritiba, mas já ficou evidente que isto não vai acontecer.
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Mas não é pelos dirigentes que a Tribuna está ao lado do Coxa. E sim pela grande massa de torcedores que sofre ao ver constantemente seu time lutar para não cair. São eles os verdadeiros donos do clube, quem esteve ao lado deste Coritiba de 108 anos completados ontem nas glórias de sua história. Quem não abandona, diferente de tantos que amam o poder e depois desaparecem.
É pelo torcedor, é pelo nosso futebol, é por querer bem mais que ser coadjuvante que precisamos do Cori na primeira divisão. E precisamos do Atlético e do Paraná. Diferente do ditado, não vale a pena dividir para conquistar. É preciso somar forças, é preciso ser maior em todos os sentidos. É preciso lutar.