Lanterna do Brasileiro, o Coritiba, apesar de ter no ataque o seu principal problema até agora, ainda precisa melhorar a sua defesa. Apesar de ter a 12ª zaga mais eficiente, o time tem sofrido constantemente com os gols de bola parada. O gol do zagueiro Elivélton, do Fluminense, no empate por 1×1 no último sábado, foi o nono dessa forma dos 16 gols que o time do técnico Celso Roth tomou até agora na Série A.
O comandante coxa-branca, após o empate contra o Fluminense, no Maracanã, ressaltou que os trabalhos defensivos para evitar esse tipo de gol são constantes e que isso tem perseguido o Coritiba até agora. Para Celso Roth, essa falha impediu que o Verdão saísse de campo com o resultado positivo diante do tricolor carioca.
“Esse tipo de lance vem nos perseguindo. A gente trabalha bastante para corrigir. O gol do Fluminense eu credito muito mais pelo momento que houve no contra-ataque, que aí sim, foi uma sequência de chutes ao nosso gol e nós tirando. A bola foi para escanteio e foi momento que a equipe ficou discutindo e a rapidez que o Fluminense bateu o escanteio, do que a própria bola parada, sem tirar a qualidade do adversário. Então nós temos que aprender isso, mais uma vez, mais um erro coletivo que nós cometemos e se não tivéssemos feito isso nós poderíamos ter comemorado uma vitória e a soma de três pontos”, explicou o comandante do Verdão.
Com mais da metade dos gols sofridos pelo Coritiba no Brasileirão originados de bolas paradas, essa deficiência, aliada ao baixo rendimento do ataque (é o 10º pior), trouxe prejuízos consideráveis ao time na classificação. Além do duelo contra o Fluminense, em outros cinco jogos os gols de bolas paradas acabaram decidindo os duelos e impediram que o Coxa saísse de campo com um resultado melhor.
Depois dos dois empates sem gols nas duas primeiras rodadas contra Chapecoense, fora de casa, e Santos, no Couto Pereira, a zaga alviverde começou a sofrer gols na terceira rodada. No empate por 2×2 diante do São Paulo, os atacantes Alexandre Pato e Ademílson marcaram para o time do Morumbi em cobranças de escanteio e falta, respectivamente. Depois, na derrota para o Sport, dentro de casa, o volante Rithely, depois do rebote de Vanderlei em uma cobrança de falta, resultou no único gol do Leão na partida.
Pela quinta rodada, apesar das dificuldades de enfrentar o Cruzeiro, atual campeão e líder do Brasileirão em Minas Gerais, o Coritiba fez um jogo de igual para igual, mas no final acabou sofrendo o gol de Borges, após cobrança de escanteio, que custou a derrota por 3×2, no Mineirão. Duas rodadas depois, em Maringá, o time coxa-branca voltou a falhar em um lance de bola parada no clássico contra o Atlético, quando depois da cobrança de Natanael na trave, o zagueiro Luccas Claro marcou contra.
A deficiência em lances de bolas paradas custou caro também em jogos importantes contra times que também lutam contra o rebaixamento. Em Santa Catarina, o gol da vitória do Criciúma veio depois de uma cobrança de escanteio que a defesa alviverde não conseguiu evitar o gol do zagueiro Fábio Ferreira.
Depois, contra o Figueirense, dentro de casa, o gol sofrido também depois de uma cobrança de escanteio no começo do jogo fez o Verdão perder para o até então lanterna do Brasileirão. Por fim, depois de jogar melhor que o adversário, no Rio de Janeiro, o Coxa perdeu por 1×0 para o Botafogo em mais uma jogada de escanteio mal marcada pela defesa, que contabilizou mais uma falha que está contribuindo para a campanha ruim do time de Celso Roth no Brasileirão.
