O dia 4 de julho de 2015, à primeira vista, pode não significar nada em especial para a torcida coxa-branca. Mas uma breve pesquisa sobre a data traz à memória a estreia do goleiro Wilson com a camisa alviverde. Foi uma empate sem gols, em 0x0, com o Joinville, pelo Brasileirão, mas que marca o início de um casamento que já dura mais de dois anos e segue em clima de lua de mel.
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Natural de Santo André, o arqueiro foi revelado pelo Flamengo, passou pelos modestos Olaria e Portuguesa-RJ, mas no Figueirense que iniciou sua vocação para ídolo. Na equipe catarinense, disputou seis temporadas e caiu nas graças da torcida. Pelo alvinegro, foi campeão estadual em 2008. De Florianópolis seguiu para Salvador, onde defendeu o Vitória por dois anos e também foi campeão, em 2013.
Por fim, foi contratado pelo Alviverde, onde já disputou nada menos do que 134 partidas, nunca foi expulso e, de quebra, assinalou dois gols – um de cabeça, outro de pênalti -, algo um tanto quanto improvável para um goleiro, salvo exceções como Rogério Ceni. O segundo tento com a camisa alviverde foi assinalado na goleada por 4×0 contra o Avaí, no último sábado.
O gol assinalado contra o time catarinense chamou a atenção da imprensa nacional sobre o arqueiro, e foi a bela participação na goleada por 4×0 sobre o Avaí no último sábado. Além de fechar a meta e impedir o adversário de balançar as redes, foi dele o segundo gol da equipe na cobrança do pênalti sofrido pelo atacante Rildo.
Para a torcida, porém, o status de ídolo do goleiro se sacramentou há muito mais tempo, na histórica classificação para as quartas de final da Sul-Americana do ano passado, quando o Coxa conquistou a primeira vitória internacional fora de casa da sua história batendo o Belgrano por 2×1, em Córdoba, na Argentina. O resultado levou a decisão para os pênaltis e a estrela do arqueiro brilhou: defendeu duas penalidades e converteu outra, levando a torcida à loucura.
O talento de batedor começou a ser moldado no Figueirense, mas é na atual fase do Coritiba, sob o comando de Marcelo Oliveira, que ele ganhou a responsabilidade das cobranças. “Vínhamos perdendo algumas oportunidades e eu vinha treinando para alguma possibilidade, quando precisasse. Acabei sendo definido como batedor oficial neste momento. Não foi algo sem preparo”, disse o goleiro à Fox Sports.
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Para o treinador, o mais lógico seria ter um batedor da linha de frente, mas a quantidade de oportunidades perdidas pelos atletas de linha o fez mudar de ideia. “Ele tem batido bem, com pouca distância e variando os cantos. Criamos uma estrutura para que ele possa bater”, finalizou o treinador.