Sonho mais próximo

Dívida pode fazer com que o Coxa repatrie o meia Rafinha

O sonho do Coritiba em repatriar o meia Rafinha pode se tornar realidade. O principal trunfo da equipe para isto é uma dívida de cerca de R$ 3 milhões que o Al Shabab, da Arábia Saudita, tem com o Alviverde. Em junho, o clube do Oriente Médio deveria ter quitado o valor referente à segunda e última parcela da venda do jogador, concretizada em julho de 2013. Porém, como a quantia ainda não foi depositada na conta do Alviverde e há interesse do atleta em retornar, a nova diretoria coxa-branca planeja uma composição para contar com o jogador em 2015.

A primeira conversa aconteceu no dia seguinte ao Natal. O atleta, seu empresário, Eduardo Gomes, e o presidente do Coritiba, Rogério Portugal Bacellar, almoçaram na churrascaria anexa ao Couto Pereira, onde as duas partes deixaram claro o interesse. Antes de fazer uma proposta, no entanto, o Coxa precisa acertar o aspecto financeiro de uma eventual investida. Sem loucuras, nem pressa.

“Ele nos ajudaria muito, é claro que gostaríamos de repatriá-lo”, disse o vice-presidente de futebol alviverde, Ernesto Pedroso. “Ele quer vir, isso também conta. Mas temos a questão financeira para resolver. Não queremos dar falsas expectativas”, completou o dirigente, preocupado com a saúde fiscal do clube.

Rafinha tem contrato com o Al Shabab até julho de 2016, mas está com os salários atrasados há quatro meses, fator que também pesaria a favor da sua volta. Apesar de a realidade salarial alviverde estar longe do que ele deveria receber no “mundo árabe” cerca de US$ 100 mil mensais (R$ 287 mil), a afinidade com o clube que defendeu entre 2010 e 2013 joga a favor de uma negociação um pouco mais maleável.

As fotos e mensagens nas redes sociais do meia deixam evidente que a ligação ainda é forte. “Se fosse para voltar ao Coritiba, ele faria um esforço, abriria uma exceção”, admite Eduardo Gomes. “Acho complicada (a negociação), mas no futebol não se pode duvidar de nada”, emendou o empresário.

O próprio Coxa também tem débitos pendentes com Rafinha. São três meses de salários em carteira e de direito de imagem, segundo Gomes, situação que precisaria ser resolvida no caso de uma proposta.

Se acertar as bases com o jogador, o próximo passo é convencer os árabes a liberá-lo em troca do passivo. “Ele adora a cidade, o clube, tem coisas positivas aí. Infelizmente ele teve de sair para ajudar o clube financeiramente, mas temos interesse de ouvir uma proposta”, ressaltou o empresário.

Histórico

Rafinha chegou ao Coritiba em 2010, após se destacar na Série B pelo Paraná no ano anterior. No Coxa, ele foi tetracampeão paranaense e também levantou o título da Série B em 2010.

Giva é anunciado

O Coritiba anunciou ontem a contratação do atacante Giva, de 22 anos, como o primeiro reforço para a temporada 2015. O acerto, que já havia sido confirmado pelo presidente Rogério Portugal Bacellar no fim de dezembro, foi fechado nos novos moldes definidos pela diretoria eleita no ano passado, com um contrato de produtividade.

“Eu sou fazedor de gols, sou rápido também e ajudo na marcação. Procuro cumprir bem a tática que o treinador determina. Se precisar de gols estou aí para fazer e ajudar a equipe”, declarou o atleta ao site oficial do Coxa.

A intenção da diretoria é estabelecer em contrato um salário fixo, além de uma bonificação por metas atingidas, que pode incluir número de jogos disputados, competições, títulos e gols, por exemplo. A medida visa tanto ao controle financeiro do departamento de futebol, como também à motivação dos atletas. Não é uma regra fechada e o acordo de cada atleta será analisado individualmente.

Giva chega ao Alto da Glória sem custo de transferência, pois não teve seu contrato renovado com o Santos, onde estava desde 2012. O atleta baiano come&ccedil,;ou a carreira no Santo André e passou pelo Vitória, quando foi comprado por um grupo de investidores que o levou para a baixada santista, onde jogou por três anos.

No Peixe, foi um dos destaques na conquista da Copa São Paulo de 2012, e fez mais de 30 partidas pela equipe principal do clube paulista em 2013, quando jogou ao lado de Neymar. “Eu espero chegar e fazer valer a pena, marcar minha vinda com gols e títulos, que é o principal. Pretendo fazer história aqui”, disse Giva.

Kléber Gladiador

Rogério Portugal Bacellar foi enfático ao negar qualquer possibilidade de tentar a contratação do atacante Kléber Gladiador, que está de saída do Grêmio. Segundo o dirigente, o comportamento do atleta foge do perfil procurado. ‘Vamos buscar jogadores para fortalecer o grupo e não para destruir o ambiente’, disse ele em entrevista à Rádio Banda B.

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