Se o procurador do atacante Ariel, Nazareno Marcollese, não vem ao Coritiba, o Coritiba vai até ele. Ontem, embarcaram para Buenos Aires, na Argentina, o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade e o coordenador de futebol Felipe Ximenes.
Os dois viajaram para apresentar pessoalmente a proposta passada ao jogador na audiência de conciliação realizada sexta-feira passada, na 11.ª Vara da Justiça do Trabalho.
Segundo Ernesto Pedroso Júnior, um dos responsáveis pelo futebol do Coritiba, o objetivo da viagem foi tratar diretamente com o procurador e tentar desatar o imbróglio Ariel. “Eles foram falar diretamente com ele (Marcollese) para levar a proposta que fizemos em juízo”, revelou o dirigente.
A previsão é que Vilson Ribeiro de Andrade e Felipe Ximenes retornem hoje e se reúnam com o restante da diretoria para comunicar se houve acordo ou se a pendenga segue na Justiça. Na segunda-feira, acontece a audiência de instrução. “Dentro dos parâmetros que a Justiça oferece eles estão no direito deles”, aponta Pedroso.
O dirigente, no entanto, não deixa de elogiar Ariel. “Ele é um bom menino e tem boas perspectivas de crescimento na carreia, mas poderia oferecer mais ao Coritiba pelo carinho que a torcida e o clube deram a ele, que saiu da segunda divisão da Argentina e se destacou aqui”, analisa.
Se houver acordo em Buenos Aires, o jogador corre para renovar o visto de trabalho e o clube registra um novo contrato. Caso contrário, a discussão segue na Justiça.
Eventualmente, Ariel poderia assinar com outro clube, hipótese negada até aqui por pessoas próximas ao atleta, e se transferir a partir de 1.º de julho. No entanto, em caso de derrota no tribunal, o atacante terá de indenizar o Coritiba.