O Coritiba deu ontem mais uma cartada no STJD para diminuir a punição imposta pela invasão de campo por torcedores na última rodada do Brasileiro do ano passado. O clube pediu a revisão da pena baseado nos atenuantes considerados e acatados pelo próprio tribunal ao reduzir a multa de R$ 100 mil para apenas R$ 5 mil. “A revisão é uma espécie de recurso e o fundamento é a questão das atenuantes. O relator do processo acatou no julgamento as atenuantes e quando acolhe ele tem que aplicar em todas as punições”, aponta Gustavo Nadalin, diretor jurídico do Alviverde.
Na visão do dirigente coxa, o auditor Caio Rocha deveria ter mantido a coerência também em relação aos mandos. “Nunca houve pena desse tamanho (dez mandos de campo) e o espírito da revisão é reparar o flagrante ilegalidade”, destaca o advogado do Coritiba. Além disso, o clube também pede a suspensão do cumprimento da punição enquanto a revisão não for apreciada. “Nessa revisão existe um pedido de efeito suspensivo da pena”, revela. E apesar de alguns considerarem o assunto esgotado no pleno, Nadalin confia na revisão. “Esse recurso é inédito porque a pena é inédita”, pondera o advogado, que foi pessoalmente ao STJD, no Rio de Janeiro, levar o pedido.
Hoje, ele espera uma definição do presidente do tribunal, Rubens Aprobato Machado. “Como ele está adoentado, esperamos que ele faça o despacho ou encaminhe o pedido para o vice-presidente (Virgílio da Costa Val)”, diz Nadalin. Se o efeito suspensivo não sair hoje, o Coritiba acredita que a apreciação do pedido entre na pauta na próxima reunião do pleno, que acontece na quinta-feira. O clube já cumpriu quatro mandos em Joinville, onde já desperdiçou quatro pontos e tem acumulado prejuízo de R$ 200 mil a cada partida.