Diretoria alviverde diz que Ariel fica no Alto da Glória

Desde ontem o atacante Ariel está “blindado” no Coritiba. Ou seja, o atleta continuará jogando normalmente o Estadual com a camisa alviverde, mas será “preservado” de dar entrevistas para não ter que falar sobre o contrato atual, que vence no dia 30 de junho, e um outro contrato de cinco anos, que vem gerando polêmicas porque poderia dar brechas para uma eventual saída no meio da temporada.

No ano passado, o clube sofreu com vínculos mal feitos e perdeu Rodrigo Mancha, Marlos, Leandro Silva e Marcelinho Paraíba e quase viu o investimento em Carlinhos Paraíba ir por água abaixo.

“Quero preservar o jogador. Não quero que o Ariel seja focado assim porque pode atrapalhar o futebol dele. Não tem porque ficar dando entrevista para explicar uma coisa que não existe”, avisa Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente e diretor de futebol do Coritiba.

De acordo com ele, tem gente querendo tumultuar o ambiente no Alto da Glória. “Tem pessoas que põem chifre em cabeça de cavalo. Tem muita gente querendo manchete. O jogador tem contrato conosco, temos conversado bastante”, destaca o dirigente.

De acordo com Andrade, Ariel não sairá agora do Alviverde porque há um contrato em vigência e um outro de cinco anos, que será assinado assim que o primeiro vencer no meio do ano.

“Este contrato está registrado em cartório de documentos. O Coritiba assinou, o jogador assinou”, destaca. Por isso, o dirigente justifica a “blindagem” e aposta na renovação automática. “O Ariel é um menino muito bom e ficará conosco”, elogia.

Assessor do atleta em Curitiba, o ex-jogador Eduardo Francisco Dreyer atendeu o telefone direto da Argentina e confirmou que Ariel não deixará o Coritiba. “Ele renovará com o clube”, diz.

Por isso, o departamento jurídico alviverde teria acionado o jogador para cumprir a cláusula que fala da renovação do contrato já que clubes como o Fluminense, estão acompanhando de perto essa movimentação.

“A cláusula diz que o jogador deverá prolongar o contrato por mais três anos, mas não estabelece uma equação financeira do contrato futuro. O jogador saiu de férias e quando voltou ele foi surpreendido com uma notificação assinada pelo advogado do Coritiba, dando 48 horas para ele tomar providências por supostamente aquele contrato exigir”, revelou o advogado e jornalista da Tribuna Augusto Mafuz, em entrevista à Rádio Banda B.

Segundo Mafuz, Ariel o procurou através de um colega de clube que também é cliente e a recomendação foi responder à notificação. “Disse “só tem uma resposta. E você responde ao Coritiba de que vai cumprir todas as obrigações. E foi exatamente isso que ele fez”, apontou.

Por isso, Mafuz acredita que não haja nenhum problema entre as partes. “Não existe nada de crise entre clube e jogador, porque não existe causa para brigar. Agora, se o jogador vai assinar um pré-contrato, ou se não vai assinar um pré-contrato, é um problema profissional dele”, analisa o profissional, que só prestou esse serviço ao argentino.

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