Após começar a carreira como volante e até arriscar na armação de jogadas na equipe sub-20, Dirceu dá uma guinada na carreira e assume de vez a condição de zagueiro. Pela necessidade, o atleta, de 1,89m, já vinha treinando na posição desde os tempos de Dorival Júnior e foi ficando.
O técnico René Simões gostou e utilizou o jogador assim, mas agora ele é definitivamente um defensor. Esta semana, a diretoria e o técnico Ney Franco conversaram e resolveram apostar e, a partir de agora, ele irá se dedicar fisicamente e tecnicamente à nova função.
“Nem sempre na nossa vida a gente tem que ficar batendo a cabeça no mesmo lugar. Eu tive uma oportunidade como volante, vivi a minha vida inteira como volante, mas não estava conseguindo me firmar. Este ano, tive a oportunidade como zagueiro e despertou um outro lado que nem eu conhecia e isso foi muito bom”, aponta Dirceu.
Segundo ele, os dirigentes o encorajaram a mudar de função definitivamente. “Sentamos para conversar com o Maurício (Cardoso, supervisor) e o (João Carlos) Vialle (diretor de futebol) e o Ney também deu total apoio. Já provei para mim mesmo que posso e só preciso trabalhar e tirar alguns viciozinhos de volante”, revela o agora zagueiro.
E se o treinador precisar de um batedor de faltas, Dirceu está à disposição. “Sem dúvida, isso aí é um ponto a mais para mim e é só continuar trabalhando no dia a dia as cobranças que a bola vai entrar. No júnior, eu trabalhava assim e conseguia fazer alguns gols”, avisa.
Antes disso, porém, ele vai tomando algumas aulinhas com o “professor” Pereira para se adaptar o mais rápido possível à função. “Às vezes, como volante você tem que dar uma saída a mais para pegar o meia um pouco mais na frente e jogando com dois zagueiros você não pode sair se não abre espaços. Esse tipo de coisa tem que adaptar um pouquinho, mas isso é treinamento e o Pereira tem me ajudado bastante”, finaliza Dirceu.