Ainda não foi dessa vez que o Coritiba conseguiu emplacar uma sequência de mais de duas vitórias na temporada de 2019. Mais do que isso, a derrota para o frágil time do Cascavel CR, quarta-feira, no Estádio Olímpico Regional, escancarou algumas fragilidades da equipe. Depois de fazer dois bons jogos, contra Cianorte, fora de casa, e FC Cascavel, no Couto Pereira, o Verdão voltou a oscilar e essa instabilidade só faz aumentar a dúvida se a equipe está no caminho certo para, especialmente na Série B do Campeonato Brasileiro, conseguir fazer uma campanha capaz de conseguir retornar à primeira divisão.
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Pelo que mostrou até agora, o Coxa provou apenas que precisa melhorar muito. No meio do caminho, mudou o comando técnico. Argel Fucks saiu para a chegada de Umberto Louzer. O treinador foi contratado para fazer do Alviverde um protagonista e que o time passasse a propor o jogo nas partidas.
Nos dois primeiros jogos sob o comando do novo treinador, quando goleou o Cianorte por 4×0 e venceu o FC Cascavel por 2×0, o Coritiba até apresentou certa evolução. Nada, porém, que pudesse empolgar o torcedor. Mas, diante dessa mudança de postura apresentada, a esperança de que os rumos do clube dentro de campo poderiam mudar aumentou.
No entanto, a derrota trouxe à tona velhos problemas vistos recentemente. O Coxa parece ainda não ter aprendido a jogar contra times que adotam posturas mais defensivas. O time do Oeste jogou na retranca e, junto com a morosidade e falta de efetividade ofensiva, o Verdão acabou conhecendo sua primeira derrota no Paranaense.
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“Faltou um pouco mais de velocidade e de agressividade no último terço do campo. Tem que servir como lição. É início de trabalho ainda e toda derrota tem um peso muito grande. Não será diferente. Vamos voltar as atenções para o jogo de domingo (contra o Rio Branco, no Couto Pereira), para que a gente possa ter um comportamento diferente do que tivemos nesse jogo”, avaliou o técnico Umberto Louzer.
Essa dificuldade e instabilidade sentida neste começo de temporada talvez não estejam ligadas diretamente ao comando técnico. Louzer foi contratado para fazer o Coxa propor o jogo, mas o elenco ainda recente da falta de peças de qualidade que possam fazer com que o time acabe com essa oscilação e passe a ter apresentações como a diretoria espera.
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Talvez essa dificuldade no planejamento e a falta de convicção dos dirigentes em encontrar um norte para o futebol do Alviverde possa fazer com que o processo seja um pouco mais lento. Louzer provou que pode mudar os rumos em campo, mas isso demanda um certo tempo. O comandante do Verdão segue confiante no trabalho e ressaltou que a oscilação, neste momento, é normal e que todo percalço enfrentado agora seja recompensado na sequência, sobretudo a partir da Série B.
“Mesmo nas vitórias cobramos bastante os atletas. A gente sabe aonde queremos chegar. É um processo, início de trabalho. Sempre frisei que em algum momento a gente ia oscilar. Oscilamos, mas não pode ser tão abaixo como jogamos. É tirar lições dessa derrota para que a gente possa encorpar mais daqui para frente para conseguir as vitórias e nossos objetivos, não só no Paranaense, mas também na Série B”, arrematou ele.
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