O técnico Sandro Forner chega ao Coritiba com a principal missão de devolver o clube à Série A do Campeonato Brasileiro. Até lá, daqui quase um ano, o caminho é longo, porém o tempo para reconstruir a equipe é curto. O primeiro passo está sendo reformular um time que praticamente se desfez com o fim do contrato de alguns jogadores e novas propostas para outros.
A dificuldade está em encontrar um atleta com a necessidade do clube e que esteja de acordo com o salário dentro do orçamento e com a proposta de jogo, ou seja, que esteja preparado para encarar todos os desafios que o Alviverde terá em 2018.
“Estou tentando jogadores que se adequem ao que eu penso e ao que a competição provavelmente vai pedir, adequando com a parte financeira. E eu também vou adequar o jogador ao que eles podem dar. Não vou pedir nenhuma função que o jogador não pode dar”, disse o técnico Sandro Forner, em entrevista ao site Coxanautas.
Uma das prioridades é um lateral-direito. O garoto Marcos Mozart deve subir da base e, por enquanto, é a única opção. A outra alternativa seria Rodrigo Ramos, ele aguarda uma posição do departamento médico para fazer uma cirurgia e provavelmente não poderá participar nem da pré-temporada. Além deles, o Coxa estuda a possibilidade de contratar por empréstimo Lucas Taylor, que pertence ao Palmeiras e disputou a Série B de 2017 pelo Paysandu.
Outra contratação importante, na visão de Sandro Forner, é um atacante de lado de campo, que tenha características de drible. Serão contratações pontuais, para qualificar o grupo atual.
“Estamos tentando encontrar no mercado, pelo menos, mais um jogador de beirada, que tenha como característica o drible. Vamos precisar disso durante o ano. A gente não quer inchar o elenco, quer dar oportunidade para jogadores da base. Tendo um elenco com possibilidades futuras de jogadores que possam vir a ser contratados pra frente pra Série B”, explicou o treinador.
Sem afobação
Apesar da pressa que o Coritiba tem para montar um elenco, Forner vai na mesma linha do presidente Samir Namur, que disse em outra oportunidade que o planejamento precisa ser feito com calma para minimizar os erros lá na frente.
“A gente tem que pensar um pouco mais amplo. Para não acontecer erros, não podemos precipitar as coisas. Não podemos fazer as coisas por impulso, não só pela parte financeira do clube. Tem que fazer esse planejamento de elenco, de quem vai contratar, e aí entra a questão de ser um bom jogador, questão salarial, questão comportamental de quem vai vir, vir com fome com vontade de jogar, de estar aqui”, ressaltou o comandante coxa-branca.
Outro detalhe importante sobre as contratações é o orçamento. O ideal seria poder escolher o jogador que se quer e poder pagar, mas a realidade do futebol brasileiro é diferente. O Coritiba só vai contratar quem ‘cabe’ no bolso do clube.
“O presidente não vai fugir daquele orçamento, também vou saber entender. Por isso o trabalho fica mais difícil, porque você tem que, além de achar esse jogador, e aí entra todo aquele cenário comportamental, querer vir para o Coritiba, que venha motivado e a gente achar um jogador que a gente tenha mais certezas do que dúvidas”, analisou Forner.