A defesa do Coritiba, que foi um dos destaques nos dez jogos em que o clube ficou sem perder no Campeonato Brasileiro com apenas três gols sofridos, voltou a desandar. Foram nada menos do que 13 gols sofridos nos últimos cinco jogos, onde o Coxa amargou cinco derrotas e voltou para a zona de rebaixamento. A dupla de zaga formada pelos jovens Walisson Maia e Juninho, que apresentou muita eficiência quando esteve junta em campo, foi desfeita pelo técnico Ney Franco, que optou pela entrada de Rafael Marques para dar mais experiência ao time.
“Foi uma opção técnica do treinador. No momento de definição do campeonato, na minha avaliação o Rafael (Marques), quando saiu, saiu jogando bem. Nos jogos que ele voltou agora, assim como a equipe toda, ele jogou no mesmo nível de todo mundo. Não estamos tomando gol devido à presença do Rafael na equipe. São outras situações dentro de uma partida que a nossa defesa ficou exposta. A troca, então, foi uma opção do treinador, por ser um jogador mais experiente”, apontou o treinador.
Melhor fase
Desde o jogo contra o Palmeiras, no Couto Pereira, que marcou a arrancada de dez jogos sem derrota, a equipe entrou em campo 15 vezes. A dupla de zaga mais utilizada por Ney Franco foi composta por Juninho e Walisson Maia. Nas sete partidas em que os dois estiveram juntos em campo, foram três vitórias, um empate, três derrotas e apenas seis gols sofridos.
O ponto alto da dupla aconteceu nas duas vitórias seguidas, contra o Flamengo, em Brasília, e diante do Atlético, no Couto Pereira. Apesar de jovens, Walisson Maia e Juninho deram sustentação ao sistema defensivo e foram, juntamente com o goleiro Wilson, grandes responsáveis pela invencibilidade do Verdão, que chegou a ter a terceira melhor defesa do Brasileirão.
Porém, na derrota para o Joinville por 3×1, onde a equipe catarinense marcou dois gols irrgulares, o técnico Ney Franco decidiu mexer na defesa. A partir daí, o experiente zagueiro Rafael Marques entrou para formar dupla com Juninho, mas até o agora os resultados não vieram. Foram três gols tomados diante da Ponte Preta e outros dois contra o São Paulo, quando o time mostrou, inclusive, muita fragilidade defensiva.
Ney não se abala com pressão
Com uma queda de rendimento perigosa no momento decisivo do Brasileirão, o Coritiba deverá entrar em campo amanhã bastante pressionado. Um dos mais cobrados após o revés para o São Paulo foi o técnico Ney Franco. Apesar de ter a responsabilidade dividida com os jogadores, que também não atravessam um bom momento, o treinador salientou que a oscilação é normal. “Tudo é parceria. Cada um sabe como funciona o futebol. O treinador tem a responsabilidade dele. Somos uma das equipes que mais finaliza a gol e não temos convertido. Temos jogadores com talento. Estamos passando por esse momento, como a maioria das equipes em algum momento já passou. Vamos voltar a campo e no sábado ter uma competência maior para conseguir a vitória”, explicou.
Mesmo ciente da pressão a mais que o time pode receber contra o Figueirense, Ney afirmou que, independentemente da forma do público agir e da quantidade de torcedores no estádio, a motivação do grupo será a mesma. “Não temos mais nada a pedir ao nosso torcedor. A torcida apoiou quando a gente estava bem e vaiou no momento que estava mal. Os jogadores estão focados, fechados. Sabemos que a nossa motivação interna será a mesma para vencer”, concluiu.
Sem promoção
Diferentemente do que vinha acontecendo nos últimos jogos do Coritiba no Campeonato Brasileiro dentro de casa, a promoção do ingresso casado foi destituída pela diretoria para o duelo contra o Figueirense. A cúpula alviverde não confirma, mas há um receio, em caso de um novo tropeço diante do time catarinense, de que ocorram novos t,umultos causados por torcedores mais exaltados a exemplo do que aconteceu após a derrota por 2×1 para o São Paulo, no último domingo.
Na oportunidade, um grupo de torcedores tentou invadir o vestiário onde se encontrava o elenco do Coxa e uma enorme confusão se estabeleceu no Couto Pereira.
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