Em meio a uma série de partidas decisivas, o Coritiba tenta encontrar um padrão de jogo minimante confiável. O time de Dado Cavalcanti disputou – entre Paranaense e Copa do Brasil – dez partidas. Com muitas mudanças, inclusive táticas, busca um desempenho mais equilibrado e consistente, de olho no pentacampeonato. Após o revés em Maringá, o Cori só garante vaga na final com uma vitória por dois gols de diferença. Uma pressão inesperada, mesmo num mata-mata.
Com um planejamento diferenciado, o Coritiba recorreu a um time alternativo nas cinco primeiras rodadas. A ideia era dar tempo ao grupo principal, que fez uma pré-temporada extensa e só estreou no Estadual na sexta rodada (dia 14 de fevereiro). Só que a preparação não se completou. Com dificuldades financeiras, o clube negociou Júnior Urso e Willian e, até agora, o Alviverde padece da falta de volantes capazes de dar sustentação ao plano tático de Dado Cavalcanti.
Em Maringá, sem Germano (lesionado), o treinador se viu obrigado a recuar Robinho e armou um trio de armadores com Norberto, Alex e Roni. A tática fracassou, em especial no primeiro tempo. O Maringá foi mais combativo e o desastre só não foi maior porque o time do interior só marcou dois gols. “Temos muita coisa pra corrigir. Não dá pra ficar adiando, pois o tempo vai passando e não estamos jogando bem”, reconheceu o craque Alex. O camisa 10, novamente, foi decisivo. Cobrando falta, “achou” Júlio César na área e o gol, aos 38 minutos, trouxe um alívio geral.
“É reversível, sim. Mas temos que jogar mais”, cravou Alex. O dilema do treinador é conseguir encontrar este equilíbrio sem novas peças ou tempo para trabalhar. Dado depende de parecer do departamento médico para definir possíveis mudanças. O zagueiro Leandro Almeida e o volante Germano serão reavaliados. Independente dessas possíveis opções, resta saber qual será a configuração tática para o jogo deste domingo. É certo que apesar de declaradas carências, a ideia é um meio-campo mais sólido, diferente do aconteceu na última quarta-feira.
“Nossa marcação estava muito distante e tivemos dificuldades com as bolas alongadas do Maringá”, reconheceu Dado, mesmo ressaltando a evolução da equipe no segundo tempo. Em meio a tantos altos e baixos, resta saber qual Coritiba o torcedor verá em campo neste fim de semana. No retrospecto recente, foi no jogo em Paranaguá que o time de Dado Cavalcanti atingiu seu melhor momento. Muito pouco para quem terá pela frente, dentro de 22 dias, a largada da maratona do Brasileirão.
