Pouco aproveitado por Ney Franco, o meia Thiago Lopes, de 19 anos, pode ganhar uma oportunidade entre os titulares do Coritiba para o duelo de amanhã, contra o Corinthians. Com Juan em recuperação de uma pancada no tornozelo, o jogador, que entrou no segundo tempo do empate em 1×1 diante do Figueirense e teve uma boa atuação, tem a confiança do técnico interino Pachequinho para essa partida difícil contra o Timão.
“A categoria de base é feita para suprir a necessidade do time profissional. O Thiago entrou em alguns jogos, a gente acompanhou e sabe do potencial dele desde a base. Ele vem trabalhando forte e sabemos das condições e da capacidade que ele tem para ajudar o Coritiba”, explicou Pachequinho, que não teme uma pressão a mais em cima do jogador e dos atletas mais jovens do elenco.
“No futebol, o jogador quando tem a oportunidade tem que abraçar, não tem idade. Claro que alguns pecam pela ansiedade, pela intranquilidade, mas se não botar em um jogo dessa grandeza, vai botar quando? O melhor campeonato é o melhor jogo para o atleta ter a oportunidade. Prefiro lançar jogador em um Campeonato Brasileiro do que no Campeonato Paranaense. Isso favorece muito a evolução dos atletas. Fui oriundo da base do Coritiba e sei que o momento especial é jogar o Brasileiro”, contou.
Pachequinho não modificou muito a estrutura da equipe que já estava sendo armada por Ney Franco nos dois primeiros trabalhos da semana. O treinador não contará com o zagueiro Walisson Maia, suspenso, e deverá dar lugar a Rafael Marques.
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Porém, esta não deverá ser a única alteração na equipe alviverde para o confronto contra o líder do Brasileirão. No meio, ao invés do volante Cáceres, Pachequinho trabalhou com Alan Santos. Na criação, além de Thiago Lopes, Ruy retorna na vaga de
Esquerdinha.
Por fim, a última alteração está no ataque. Depois de cumprir suspensão, Henrique Almeida está à disposição e deverá formar a dupla com Kléber Gladiador.
Rafhael Lucas espera nova chance
De ‘tapa-buraco’ a ídolo e artilheiro para fora dos planos do treinador. Em menos de um ano, esta foi a trajetória do atacante Rafhael Lucas com a camisa do Coritiba em 2015. Após começar o ano como reserva, o jogador ganhou uma oportunidade do então técnico Marquinhos Santos para substituir Keirrison, lesionado, e, da noite para o dia, virou o artilheiro da equipe. Porém, após a perda do título estadual para o Operário, tudo mudou, até ficar fora do banco de reservas na última partida.
Porém, para quem teve tantos recomeços na carreira – em 2013 rompeu os ligamentos do joelho logo no primeiro jogo do ano -, esta reta final do Brasileirão pode servir como volta por cima.
Rafhael Lucas tem o apoio do técnico interino Pachequinho. Na quarta-feira, primeiro dia de Pachequinho no comando alviverde, o treinador ficou cerca de 20 minutos no campo conversando com o artilheiro da equipe na temporada, com 17 gols. “O Pachequinho conhece ele desde pequeno, desde as categorias de base. Sempre falou muito bem do Rafhael e confia nele. Alguém tem que acreditar”, reivindicou o empresário do jogador, Gianfranco Petruzziello.
Sobe e desce
Após ser artilheiro do Paranaense, com 12 gols, renovar o contrato até o final de 2020 e ouvir o presidente Rogério Bacellar dizer que não venderia ele “nem por 20 milhões de euros”, Rafhael Lucas fez apenas mais cinco gols na sequência da temporada, ficando longe da meta pessoal de 30 gols no ano.
“Ele está chateado por não poder ajudar. Mas tem que trabalhar e esperar a chance. Feliz ele não está”, admite o empresário. “As pessoas não se atentam aos detalhes. É o primeiro Brasileiro dele. O desempenho do time também não ajudou. Além disso, o clube ficou muito distante quando vieram as críticas, faltou maior respaldo”.
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