Atual sexto colocado com 24 pontos, o Coritiba vive seu pior momento técnico até aqui dentro do Campeonato Brasileiro. Não por coincidência, o aproveitamento do Alviverde quando o meia Alex deixou o time para tratar de duas lesões praticamente caiu pela metade: com seu principal jogador em campo a equipe conquistou 60,6% dos pontos disputados, com aproveitamento de G4. Sem o poder de definição do camisa 10 nas últimas rodadas o número despencou para 33,3%.
Contando com Alex em alto nível até a 10.ª rodada, a equipe se mantinha na vice-liderança do Brasileiro, com 20 pontos e tendo aberto vantagem de cinco pontos para o então 5.º colocado (Vitória). A título de comparação o rival Atlético, hoje na frente do Coxa pelo critério de gols marcados (26 a 19) figurava na zona intermediária da tabela, com 13 pontos. Na partida seguinte, contra o Cruzeiro, o jogador foi desfalque por conta de uma entorse no tornozelo direito e o time conheceu sua primeira derrota, que findou o melhor inÍcio de campeonato da história do clube. Recuperado da lesão, o jogador participou da primeira etapa contra o Vasco, na 13.ª rodada (derrota em casa por 1×0), mas deixou a partida no intervalo com uma contratura muscular na coxa direita.
DM Superlotado
No saldo das últimas duas rodadas, ambas sem o acima da média Alex, empate em casa contra a Portuguesa (1×1) e derrota para o Corinthians por 1×0. Somado-se a ausência de seu principal jogador, que realiza trabalho de transição física e deve retornar ao time dia 1/9, na partida contra o Internacional, no Couto Pereira, o clube tem penado com a grande quantidade de atletas entregues ao departamento médico. 13 atletas passaram pela enfermaria nas últimas rodadas, dos quais oito ainda permanecem: Alex, Lincoln, Deivid, Willian, Sergio Manoel, Geraldo, Chico e Robinho. “A gente sabia que o mês de agosto seria o mais complexo, mas está dentro do que planejamos. O que tivemos foram muitas lesões traumáticas e que não temos o controle, pois são situações de jogo e de estado de gramado. E as questões musculares estão muito dentro do patamar. As pesquisas têm demonstrado que até 10% do elenco é normal você ter em tratamento, e nós estamos abaixo dessa média”, falou Glydiston Ananias, preparador físico do clube.