O dia 6 de dezembro de 2009 deixou marcas negativas na história do Coritiba. A invasão de campo e a selvageria protagonizada por parte dos torcedores rendeu uma pesada pena ao clube, prejuízos nas finanças e a perda de dez mandos do campo na Série B do Campeonato Brasileiro. Dos escombros do Couto Pereira, porém, surgiu a volta por cima.

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Todo trabalho começou em janeiro, quando o novo G-9 – o conselho administrativo do Coritiba – assumiu. O primeiro passo da diretoria, que teve apenas o presidente Jair Cirino dos Santos como remanescente, foi realizar um levantamento de toda situação do clube.

Da parte teórica, o novo G-9 coxa foi para a prática. “Alguns setores eram prioritários e nos planejamos em quatro grandes ações: contenção de custos, melhoria de receitas do clube, profissionalização das áreas de administração e melhoria da infraestrutura”, destaca o vice-presidente do Verdão, Vilson Ribeiro de Andrade.

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O primeiro passo pela reconstrução da imagem do Coritiba foi arrumar a própria casa. “O Couto Pereira havia sido parcialmente destruído. Tivemos que refazer praticamente tudo, depois trocamos a iluminação, que estava condenada, e, por fim, definimos a comissão técnica para 2010”, recorda Vilson.

Assim como a diretoria havia prometido, o treinador Ney Franco ficou. Foi sob sua direção que o Coritiba foi campeão estadual, superando o rival Atlético no Couto Pereira. Contra o adversário histórico, o Coxa também venceu a Copa BH de Juniores. Por fim, assim como no Paranaense, os gols de Marcos Aurélio e Geraldo levaram para o Alto da Glória a taça de campeão da Segunda Divisão nacional.

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Como toda volta por cima, a do Verdão também teve seu preço. Ainda assim, ao avaliar a gestão do novo G-9, Vilson é enfático. “Apesar de achar que seria muita pretensão minha avaliar esse período, posso dizer que houve o sucesso. Ganhamos tudo que disputamos”, conclui.