Em uma tarde de gala no Alto da Glória, o Coritiba sapecou 5 x 0 no Botafogo e alcançou a incrível marca de 124 gols no ano. É um recorde na história do Alviverde, considerando-se somente jogos oficiais.
A marca anterior pertencia à temporada de 1972, com 123. O mesmo ataque mortal do Coxa garantiu o bicampeonato estadual invicto, o recorde de 24 vitórias seguidas no futebol brasileiro, além do vice-campeonato da Copa do Brasil.
Agora, com o melhor ataque da Série A – 39 gols marcados -, o Coxa ensaia uma nova recuperação no campeonato e volta a ocupar a 9.ª colocação.
Apesar de nos cinco jogos anteriores o Coritiba ter feito apenas três gols, era questão de tempo para a artilharia da equipe voltar a funcionar.
Ontem foi o dia. Apesar de quase todo o primeiro tempo o torcedor imaginar novamente que um revés poderia acontecer, o dito “quem não faz, toma” não se concretizou.
Por justiça e por um futebol envolvente, de excelência, o Alviverde sufocou o Fogão ao longo de quase toda a etapa inicial. Só foi ameaçado quando Elkeson cobrou falta e Vanderlei espalmou.
O bombardeio foi grande e Jefferson foi defendendo bons chutes de Léo Gago, Marcos Aurélio e Tcheco. A zaga ainda salvou um cabeceio de Emerson em cima da linha, mas o defensor estava inspirado e na segunda oportunidade não desperdiçou.
Ele mandou de cabeça, após escanteio cobrado por Tcheco. A zaga não conseguiu tirar e a porteira se abriu aos 42 do 1.º. A torcida ainda se irritou com a arbitragem e cobrou uma medida contra Elkeson, que deixou o braço no rosto de Leandro Donizete, mas Fabrício Corrêa só permitiu o atendimento no final do primeiro tempo.
No retorno à etapa final, o Coxa até esperou um pouco uma reação do Botafogo, mas o time carioca continuou frouxo e deu brecha até para que Bill recuperasse o prestígio com a torcida, cavando um pênalti. Marcos Aurélio bateu e converteu,aos 10.
Mas o artilheiro do Coritiba na temporada queria mais, se esforçou e aproveitou um lançamento de Marcos Aurélio, entrou de carrinho por trás da zaga e mandou para a rede, aos 19. Mesmo com a vitória concretizada, o time do Alto da Glória não tirou o pé e continuou indo para cima.
Faltava o gol de Rafinha e ele veio numa grande roubada de bola, seguida de uma articulação com Marcos Aurélio na área e uma devolução açucarada apenas para o chute mortal, aos 35.
Um golaço para os mais de 17 mil torcedores se deliciarem nas arquibancadas. No final, Everton Costa ainda entrou para fazer outra pintura, aos 43. Ele aparou um levantamento na área, deu um chapéu em dois defensores e mandou no ângulo e decretar o final da goleada sobre o atordoado Botafogo.
