Em outros momentos, a torcida teria lotado o Couto Pereira, mas os quase 16 mil torcedores que pagaram para ver o Coritiba em campo provaram o amor pela equipe.
Vibrando quase o tempo todo, comemorando um “gol” para levantar a equipe em campo e cantando o hino, eles mostraram que o título era possível. Mas a derrota para o Iraty pesou demais ontem no Alto da Glória.
Precisando vencer o Nacional e torcendo contra o Atlético na Baixada, o Coxa não conseguiu nem uma coisa, nem outra, ficou no 0 a 0 e encerrou o Paranaense na terceira colocação.
Talvez como ressaca dos 4 a 2 em cima do Rubro-Negro e 4 a 0 sobre o CSA, o Coritiba parece que gastou o estoque de gols e não conseguiu furar o bloqueio armado por Gilberto Pereira.
A torcida logo percebeu a dificuldade do time que estava sem Marcelinho Paraíba, Cleiton e Leandro Donizete, todos suspensos, e comemorou um gol fictício do Cianorte. Logo, a vibração saiu da Império e tomou conta de todas as arquibancadas.
O time, no entanto, demorou a entender o recado e passou o primeiro tempo tocando a bola e criando muito pouco. Naquele momento, o J. Malucelli vencia o Paraná e estava em primeiro.
Na etapa final, ainda com o Atlético empatando com o Cianorte, o Alviverde tentou reagir, mas logo o arquirrival fez a lição de casa e não deu mais chances ao azar.
Com o Jotinha vencendo o Tricolor, restava ao Coxa buscar o vice-campeonato, mas o goleiro Renan mostrou que não queria sofrer gols. Fez grandes defesas e não deu moleza ao ataque do Coritiba, que aplicou uma pressão sobre o Guerreiro do Norte. A torcida empurrou, o time se mandou para cima do adversário, mas não teve jeito.
Restou ao povão cantar o hino do clube, fazer a festa, esticar o camisão que cobre os três anéis do Couto e bater palmas para o time, mesmo com o resultado adverso no ano do centenário.
Na quarta-feira, o Coxa volta aos gramados pela Copa do Brasil, competição que a torcida elegeu como prioridade no ano festivo, já que o Estadual foi pro espaço. O confronto contra o CSA está programado para as 21h50, também no Alto da Glória.
